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Física Moderna - Introdução - I
 
 
 
As observações astronômicas de Tycho Brahe (1546-1601) e sua interpretação por Johnanes Kepler (1571-1630), além das experiências de Galileu Galilei (1564-1642), que foram unificadas por Isaac Newton (1642-1727) na sua Teoria Mecânica (conhecida como Mecânica de Newton, contida na obra Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, cujo título em português é Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, publicada em 1687) constituem um dos pilares mais importantes de sustentação do conhecimento humano em relação à Natureza e ao mundo que o cerca.
   
   
  Johnanes Kepler  
 
 
 
 
Até o final do século XIX, a Mecânica interpretava bem todos os fenômenos físicos e mecânicos conhecidos, servindo de base para a teoria cinética dos gases, que havia resolvido muitos problemas da teoria Termodinâmica e conduzido a uma verdadeira revolução industrial na Europa:
   
   
  Máquinas a vapor  
 
 
 
 

Quanto aos fenômenos elétricos e magnéticos, bem como às suas respectivas interações, eram tratados pela teoria eletromagnética desenvolvida por James Clerck Maxwell (1831-1879) e publicada na obra Tratado sobre a Eletricidade e o Magnetismo, de 1873. Esta teoria fornecia uma explicação para a propagação ondulatória da luz, que estava de acordo com o conhecimento da época, tanto da óptica ondulatória, quanto da geométrica.
 
 
 

Assim, de um modo geral, todos os dados experimentais conhecidos podiam ser explicados razoavelmente bem pela teoria mecânica de Newton e pela teoria eletromagnética de Maxwell, dependendo da sua natureza. Todas estas teorias podiam ser englobadas sob o nome de Física Clássica, sendo que a maioria dos pesquisadores da época era de opinião que o trabalho de seus sucessores seria meramente fazer medidas até a próxima casa decimal, ou seja, com maior precisão numérica, uma vez que a base do conhecimento físico dos fenômeno já era conhecida por completo, fazendo com que, por esta época, a Física fosse considerada uma ciência consolidada. Porém, como veremos, as coisas não foram tão simples assim.

 
 
 
É claro, no entanto, que uma série de fenômenos não podia ser explicada pelas teorias existentes, e no começo do século XX as coisas começaram a mudar de maneira dramática. Um dos fenômenos até então inexplicáveis se referia ao fato de a velocidade da luz ser invariável no vácuo, ou seja, assumir sempre o mesmo valor independente de qual seja o sistema de referência no qual ela fosse medida. A interpretação deste fato foi dada em 1905 pelo físico alemão Albert Einstein (1879-1955) em sua Teoria da Relatividade Restrita. Desenvolvida até suas conseqüências extremas, esta teoria conduz a resultados completamente inéditos, sempre que a velocidade de um corpo é comparável com a velocidade da luz c. No entanto, esta teoria fornece as mesmas previsões que a teoria Clássica quando as velocidades são muito menores do que c.
  Os automóveis, os ônibus espaciais e os satélites de comunicação têm velocidades muito pequenas se comparadas com a velocidade da luz. Assim, seus movimentos podem ser corretamente obtidos e calculados pela Física Clássica.  
 
 
 

Outro problema que a Física Clássica não conseguia resolver era a emissão de radiação por um corpo negro. Para saber como este fenômeno foi explicado e as conseqüências decorrentes, clique aqui.