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Algas
 
 
 
Existe muita confusão sobre a melhor maneira de classificar as algas. Alguns biólogos preferem considerá-las como plantas primitivas e não como protistas. Outros afirmam que apenas as algas unicelulares são protistas, e as pluricelulares são plantas simples.
 
 
 
A classificação mais moderna, no entanto, admite que todas as algas são protistas, independente de seu ciclo de vida ou de serem uni ou pluricelulares. Existem seis filos principais de algas, que são:
  1. Euglenófitas: São consideradas o grupo mais primitivo de algas. São unicelulares e algumas são fotossintetizantes. Existem cerca de 1000 espécies, a maioria de água doce. Algumas euglenas não são fotossintetizantes e precisam absorver seus nutrientes do meio em que vivem. As euglenófitas se reproduzem por mitose.
  2. Crisófitas: Geralmente são unicelulares, existem mais de 6500 espécies, entre as quais se destacam as da classe das diatomáceas, cujas células possuem uma parede de sílica formada por duas metades, como se fossem conchas. As diatomáceas são um dos componentes principais do fitoplâncton, cuja importância você vai conhecer mais abaixo.
  3. Pirrófitas: São mais de 2000 espécies de algas unicelulares, a maioria delas dotadas de dois flagelos, um dos quais rodeia a célula. A maioria das Pirrófitas se reproduz por divisão mitótica, mas algumas espécies formadoras de colônias produzem esporos. Algumas pirrófitas, chamadas zooxantelas, formam associações mutualísticas com corais. Estas zooxantelas vivem dentro das células dos corais, e fornecem a elas parte do alimento que produzem por fotossíntese. Graças a esta associação, os corais podem se desenvolver e formar recifes, que são os ambientes marinhos com maior diversidade de vida. Se os corais perdem as zooxantelas por causa da presença de poluentes na água, por exemplo, eles acabam morrendo.
   
   
   
 
 
 
Estes três primeiros filos são formados por algas simples, em geral unicelulares e que se reproduzem por simples divisão. Os outros três são algas mais complexas, multicelulares e com reprodução sexuada, podendo apresentar diferentes tipos de ciclos reprodutivos. Por esta razão eles são às vezes colocados dentro do reino das plantas:
  • Clorófitas (algas verdes): São o grupo de algas mais diversificado, com mais de 7000 espécies. São consideradas as ancestrais das plantas, sendo muito semelhantes a ela no que diz respeito ao metabolismo. A maioria vive em água doce, mas são encontradas também em água salgada, no solo, em troncos de árvores e associadas a fungos, formando os líquens, que você pode conhecer aqui. Devido à sua diversidade bioquímica e morfológica, alguns biólogos consideram que este grupo possa ser formado por várias linhagens de algas que evoluíram a partir de vários ancestrais diferentes.
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  • Feófitas (algas marrons ou pardas): Possuem corpos multicelulares longos e complexos. São mais de 1500 espécies, quase todas marinhas. Uma feófita muita conhecida é o kelps, que possui um "corpo" que pode chegar a 60 metros. Além de se enroscar em hélices e lemes de barcos, o kelps serve para extração de ácido algínico, usado como estabilizante e emulsificante na industria de alimentos e tintas.
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  • Rodófitas (algas vermelhas): Existem cerca de 4000 espécies, a maioria habitando os mares tropicais. São filamentosas e algumas delas possuem paredes celulares reforçadas com carbonato de cálcio. Estas espécies são chamadas de algas coralíneas, pois fazem parte dos recifes de corais, cuja importância para os ecossistemas marinhos foi comentada acima. Estas algas já formavam recifes há mais de 700 milhões de anos, bem antes do surgimento dos corais. As algas vermelhas são bastante usadas na culinária oriental, em particular na preparação dos famosos "sushis".
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    As algas têm uma enorme importância na manutenção do equilíbrio da biosfera. Antes de mais nada, as algas são responsáveis pela maior parte da fotossíntese realizada no planeta e, em conseqüência, são as principais produtoras de oxigênio para os outros seres vivos. Além disso, as algas, especialmente as unicelulares, formam o fitoplâncton, que é a base das cadeias alimentares marinhas. Associadas aos corais, as algas fornecem o alimento que estes organismos precisam para crescer e se reproduzir, formando os recifes. Por fim, o metabolismo de muitos tipos de algas libera uma substância chamada dimetilsulfato (DMS) que, na atmosfera, acaba por se transformar em ácido sulfúrico. Atualmente acredita-se que este ácido seja o principal responsável pela formação das gotas de chuva. Sem as algas, portanto, o regime de chuvas do planeta seria muito diferente.
      O buraco na camada de ozônio, formado sobre a Antártida pela ação dos CFCs liberados na atmosfera pelo homem, está causando alterações no fitoplâncton da região, que é o mais rico de todos os oceanos. Algumas destas alterações já começam a ter efeitos negativos na fauna da região. Para conhecer mais sobre este assunto clique aqui.