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Papel ecológico das bactérias
 
 
 
Bactérias na Europa
Até por volta do ano 1000 d.c. a grande maioria da população da Europa passava fome. Foi nesta época que os europeus começaram a cultivar plantas leguminosas, como a ervilha e a lentilha. Graças às suas associações com bactérias, e ao nitrogênio que elas fornecem, estas plantas conseguem acumular mais proteínas, e além disso não esgotam os nutrientes e a fertilidade do solo. Com isso os europeus puderam se alimentar melhor e ainda produzir mais alimentos. Este não foi o único avanço na agricultura ocorrido na época, mas foi um dos que contribuíram para que a população européia voltasse a crescer depois de vários séculos estabilizada. Entretanto, o acentuado crescimento populacional favoreceu o aparecimento de epidemias. No século XIV, por exemplo, uma epidemia de peste bubônica espalhou-se rapidamente pela Europa. Esta é uma doença bacteriana transmitida por pulgas e outros parasitas que habitam os pêlos dos roedores. Como os ratos eram incrivelmente abundantes, devido às péssimas condições sanitárias das cidades, a doença, que na época foi chamada de peste negra, começou pelos portos italianos e rapidamente avançou para o norte, levada por pessoas que fugiam para tentar evitar o contágio da doença. Para se ter uma idéia da gravidade da situação, só no verão do ano de 1348 morreram 25 milhões de pessoas. Ao todo, a Peste matou um terço da população européia.