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Populações - Interações Positivas
 
 
 
As interações positivas entre indivíduos de duas espécies (interespecíficas) têm efeitos positivos sobre seu crescimento e sobrevivência. Estas interações são provavelmente tão importantes quanto a competição, o parasitismo e a predação na determinação da dinâmica das populações e comunidades. Essa importância, porém, tem sido largamente subestimada. Isso se deve em parte à atenção dedicada às interações negativas desde que Darwin propôs a teoria da evolução pela seleção natural, que contém noções como a "sobrevivência do mais forte" e "luta pela vida". Existem três tipos básicos de interações positivas interespecíficas, que são:
  Existe uma série de exemplos de interações positivas e você pode encontrar alguns deles aqui. Leia-os atentamente e tente descobrir a que categoria pertence cada um. Cuidado! Nem sempre as coisas são o que parecem...  
 
 
 
O comensalismo é o tipo mais simples de interação positiva. Ocorre freqüentemente entre um animal móvel e um séssil. Também é comum entre plantas. O peixe da foto, que se protege dos predadores abrigando-se entre os tentáculos urticantes de uma anêmona-do-mar, fornece um bom exemplo deste tipo de interação, muito comum nos oceanos. Outro exemplo pode ser dado pelas plantas epífitas, plantas que crescem sobre outras para melhor aproveitar a luz solar, sem prejudicar aquela que lhes serve de apoio. É importante lembrar que, em geral, os comensais não se relacionam sempre com a mesma espécie.
   
   
   
 
 
 
Na protocooperação, ao contrário do comensalismo, as duas espécies envolvidas irão tirar alguma forma de proveito da relação. No entanto, nenhuma das duas irá depender dela para sobreviver. Na foto você pode ver um antílope com vários pássaros em seu corpo. Eles estão se alimentando dos parasitas presentes no corpo do antílope. Nesta interação, ambos se beneficiam, já que os pássaros obtêm alimento e o antílope se livra dos parasitas.
   
   
   
 
 
 
O mutualismo assemelha-se à protocooperação, exceto pelo fato de que os dois organismos envolvidos não podem sobreviver se forem separados. Por esta razão, o mutualismo é uma relação altamente específica. Além disso, o mutualismo costuma ocorrer entre organismos com necessidades muito distintas. Assim, um pode suprir as limitações do outro sem que haja competição entre eles por recursos. Um bom exemplo de mutualismo são os liquens, uma associação entre algas e fungos. As algas realizam fotossíntese, produzindo alimento para si e para os fungos, que, por sua vez, fornecem a proteção de que as algas necessitam para poderem viver fora dágua
   
   
   
 
 
 
Finalmente um aviso: você poderá encontrar outros nomes para as interações que acabamos de ver: a protocooperação pode aparecer com o nome de mutualismo facultativo, o mutualismo costuma aparecer como mutualismo obrigatório ou então simbiose, e alguns tipos de comensalismo, como o das plantas epífitas, podem ser chamados de inquilinismo.