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Período Joanino
 
 
 
Logo após a chegada da família real, D. João VI decretou sua primeira e mais importante medida governamental: a Abertura dos Portos às Nações Amigas. Essa medida concedia a todas as Nações aliadas de Portugal (nesse momento a Inglaterra) o direito de comercializar com o Brasil. Assim, exclusividade metropolitana (Pacto Colonial) foi cancelada com este decreto.
 
 
 
O favorecimento do comércio com a Inglaterra era evidente e, em 1810, D. João VI reforçou o predomínio inglês decretando os Tratados de 1810, de comércio e navegação e o de aliança e amizade. Eles davam privilégios para a Inglaterra na cobrança dos impostos de importação. As mercadorias inglesas pagavam 15% de impostos, enquanto as portuguesas 16% e as demais 24%. Além de vantagens econômicas, os súditos ingleses não podiam ser julgados por tribunais portugueses. A Inglaterra também poderia manter uma esquadra permanente no Brasil.
Outra importante medida para a colônia ocorreu em 1815, quando o rei elevou o Brasil a categoria de Reino Unido a Portugal, fato que aumentou as possibilidades de independência política e econômica da colônia.
   
   
  Carlota Joaquina  
 
 
 
Na política externa, D. João VI ocupou a Guiana Francesa numa represália às invasões napoleônicas. Em 1815, após a queda de Napoleão, o Brasil foi obrigado a devolver o território à França. O rei também ocupou a região do atual Uruguai durante as guerras de independência das colônias espanholas. Em 1821 anexou o território transformando-o em Província Cisplatina. Mas, em 1828 o Uruguai reconquistou sua independência.
Após a derrocada de Napoleão, e o fim da sua invasão em Portugal, fez-se crescente o desejo português de retorno da família real para Lisboa. O perigo das idéias da Revolução Francesa, recém chegadas a Portugal, fez eclodir em 1820 a Revolução Constitucionalista do Porto, que exigia o retorno de D. João VI e instaurava uma monarquia constitucionalista no país. Em 1821, o rei português retornou a Lisboa, deixando no comando do Brasil o príncipe regente D. Pedro.
   
   
  D. Joao VI