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D. Pedro e a Independência
 
 
 
Com o retorno de D. João VI a Lisboa, os nobres portugueses se empenharam em políticas que visavam a recolonização do Brasil. Entre elas, destacamos a exigência da suspensão de todas as medidas decretadas no período joanino, o aumento dos privilégios portugueses, o fim da união entre o exército brasileiro e português, a extinção dos tribunais brasileiros, o fim da existência de governadores portugueses nas províncias da colônia e o retorno de D. Pedro a Portugal.
A elite brasileira mostrou-se insatisfeita com as exigências portuguesas de recolonização e, pressionando D. Pedro, conseguiram que, em janeiro de 1822, o regente desobedecesse às ordens de Lisboa e continuasse no Brasil (Dia do Fico). Em fevereiro D. Pedro decretou o “Cumpra-se”, onde nenhuma lei de Lisboa poderia ser promulgada sem a aceitação do regente. Em maio o príncipe foi nomeado “Defensor Perpétuo do Brasil”. Em junho foi convocada uma assembléia constituinte para elaborar a primeira Constituição brasileira. Em agosto D. Pedro proibiu a posse de funcionários portugueses e considerou inimigas quaisquer tropas lusas.
   
   
  D. Pedro  
 
 
 
Frente a estas medidas, a independência definitiva era apenas uma questão de tempo. Em 7 de setembro, D. Pedro proclamou o Brasil um país independente de Portugal.
Quando analisamos mais intimamente os fatos, vemos que a independência do Brasil não se restringiu ao 7 de setembro. Economicamente, éramos independentes desde 1808, quando D. João VI pôs fim ao Pacto Colonial e ao “exclusivo metropolitano”. Entretanto, politicamente, mesmo com a proclamação da independência, continuamos governados por um português, sucessor direto do trono de Portugal.
Assim, nossa emancipação política foi um acontecimento relativo e complexo, não se restringindo ao Grito do Ipiranga.
   
   
  Coroação