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As guerras da região Platina
 
 
 
A intenção de unificar os países da região do Prata, palco de conflitos desde a época colonial, e formar um grande Estado surgiu em 1851.
No século XIX, o Uruguai, sempre disputado pelo Brasil e Argentina, possuía dois partidos políticos: colorados (comerciantes) e blancos (proprietários rurais). Os colorados, liderados por Frutuoso Rivera, eram apoiados pelo governo brasileiro e por Urquiza, rival político dos blancos Juan Manuel Rosas (presidente argentino) e Manuel Oribe (presidente uruguaio).
   
   
  Presidente uruguaio Manuel Oribe, do partido blanco.  
 
 
 
Os proprietários rurais uruguaios costumavam invadir e saquear estâncias do sul do Brasil, fato que levou o Brasil a se unir aos colorados contra o partido blanco e seu projeto unificador.
Em 1851, quando Oribe subiu ao poder no Uruguai, o governo brasileiro, receando perder poder na região, ocupou Montevidéu e Buenos Aires, depondo Oribe e Rosas, apoiando os novos presidentes Rivera (Uruguai) e Urquiza (Argentina).
   
   
  Presidente argentino Juan Manuel Rosas  
 
 
 
Este não foi o único conflito em que o Brasil se envolveu na política da região. Algum tempo depois, em 1864, o partido blanco, liderado por Atanásio Cruz Aguirre, governava o Uruguai com o apoio de Solano López, presidente paraguaio. Os saques a fazendeiros brasileiros persistiam. Alegando prejuízos, o Brasil atacou o Uruguai, depondo novamente seu governo e instalando em seu lugar o colorado Venâncio Flores – seu aliado. A intervenção autoritária levou o governo paraguaio a romper relações com o Brasil, iniciando outro conflito: a Guerra do Paraguai.
   
   
  Mapa mostra campanhas militares brasileiras na região do Prata no século XIX