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Desigualdade Social e Movimentos Sociais
 
 
 
Se considerarmos o aumento do desemprego e a maior concentração de renda, no governo FHC os problemas sociais apenas se agravaram. Aproximadamente 50% da população brasileira é composta por pobres, sendo que a maioria vive na indigência ou abaixo da linha da pobreza. 10% dos mais ricos detêm 48% da renda nacional, enquanto os 10% mais pobres ficam com 1% da renda.
Nas grandes cidades a pobreza e a violência ganham cada vez mais espaços: crianças nos sinais de trânsito, assaltos envolvendo menores, seqüestros-relâmpagos e outras formas de violência criadas pela exclusão social.
   
   
   
 
 
 
Diante deste quadro assustador, alguns setores sociais organizaram-se com a intenção de colaborar em campanhas de melhores condições de vida para pessoas carentes. No início da década de 90, merece destaque a campanha do sociólogo Betinho (Natal contra a Fome), que mobilizou a sociedade brasileira em doações de alimentos a serem distribuídos a pessoas necessitadas. O movimento considerado o mais genuíno que surgiu nos últimos tempos dentro da sociedade brasileira foi o MST (Movimento dos Sem Terra). A questão da terra foi sempre um grande problema desde o período colonial, agravando-se após a imigração e o início do século XX. A concentração de terras foi responsável pela exclusão da grande maioria dos brasileiros, que se tornaram mão-de-obra barata para os proprietários rurais.
   
   
   
 
 
 
As principais ações do MST são a ocupação de terras devolutas, improdutivas e, algumas vezes, de líderes nacionais visando buscar a atenção destes para a questão da reforma agrária e a necessidade de sua agilização. A tensão no campo aumentou consideravelmente, pois os fazendeiros, com medo de perder suas terras, organizaram milícias armadas para a expulsão dos integrantes do MST. Algumas vezes até o exército colaborou na expulsão, como no caso do sítio de familiares do presidente FHC, em Buritis (MG).