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Unificação alemã
 
 
 
Em meados século XIX, a Confederação Germânica, com 39 estados independentes, ocupou o lugar do antigo Sacro-Império Romano Germânico. A Prússia, o mais importante estado junto com a Áustria, era desenvolvida comercial e industrialmente e liderava o processo de unificação.
A unificação representava para a indústria um mercado de grandes dimensões e a proteção governamental contra a concorrência inglesa. Porém, a Áustria se opunha fortemente ao processo temendo o fortalecimento da Prússia. A união alfandegária (Zollverein), de 1834, derrubou barreiras aduaneiras entre osEstados alemães.
Essa união permitiu grande crescimento e desenvolvimento econômico nos Estados germânicos, com a formação de um poderoso complexo industrial. Ameaçada, a Áustria tentou, em vão, fazer parte do Zollverein.
   
   
  Mapa mostra como o norte alemão se unificou antes e forçou o sul a formar o país.  
 
 
 
Na Prússia, com a ascensão de Guilherme I Hohenzollern ao trono, Otto von Bismarck foi nomeado primeiro ministro. Monarquista e anti-liberal, Bismarck defendia a unificação inclusive com o uso da força, por meio de uma luta contra a Áustria. Organizou militarmente o reino e a luta pela unificação recomeçou.
Como era esperado por Bismarck, os estados do sul uniram-se aos do norte para combater a França. Os prussianos obtiveram a vitória e completaram a unificação germânica.Em 1871, para humilhação dos franceses, foi proclamado o Segundo Reich (ou império) em pleno palácio de Versalhes – o primeiro havia sido o Sacro Império Romano-germânico.
No Tratado de Frankfurt, a França cedia à Alemanha a Alsácia e a Lorena, além de pagar uma indenização de 5 bilhões de libras.
A unificação permitiu à Alemanha um grande crescimento e um desenvolvimento industrial que colocaria em risco a hegemonia inglesa.
   
   
  Bismarck: Monarquista e anti-liberal, Bismarck defendia o uso da força na unificação.  
 
 
 
O ministro aproveitou-se das rivalidades existentes entre as grandes potências européias (Inglaterra, Áustria e Rússia).
Em 1864, a Áustria aliou-se numa guerra contra os ducados dinamarqueses que dominavm Holstein e Schleswig, no norte alemão.
Com a vitória aliada, Schleswig passou para o domínio prussiano e Holstein para a Áustria.
Buscando atrair a Áustria para a guerra, Bismarck adiou a entrega do ducado que lhe havia ficado prometido, tendo início o conflito. Os austríacos, envolvidos com a guerra na Itália e preocupados com uma iminente insurreição húngara, não tiveram outra saída se não assinar uma paz desvantajosa, dando à Prússia o controle dos territórios do norte.
A Prússia anexou outros territórios e novos estados germânicos se uniram a ela. Aceita a autoridade de Guilherme I, eles formaram a Confederação Germânica do Norte.
A unificação total alemã encontrava obstáculos nos estados autônomos do sul, ligados à soberania local e influenciados pela Áustria.
   
   
  Os alemães comemoraram a criação do novo Estado alemão em Versalhes, fazendo a coroação de Guilherme I.