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Unificação italiana
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As primeiras tentativas de unificação da Itália aconteceram em 1848. Apesar dos fracassos, os movimentos cresceram entre a população e criaram um forte sentimento nacionalista. Os republicanos, que haviam liderado os movimentos em 1848, ficaram em segundo plano quando a iniciativa política no processo de unificação passou a ser feita por monarquistas. Eles eram liderados por Camilo Benso de Cavour, chefe do gabinete de Vitor Emanuel II, do reino do Piemonte-Sardenha. O Congresso de Viena decidiu que a Itália, dividida em sete reinos, seria tutelada pelo Império Austríaco. O Piemonte-Sardenha era o reino mais desenvolvido e mais importante. A industrialização tinha estimulado o comércio e o rápido crescimento das cidades. A burguesia via na unificação a chance de desenvolvimento econômico, com a criação de um mercado interno único e a possibilidade de concorrer no mercado xterior. Buscando aliados para enfrentar a Áustria, Cavour lutou ao lado de França e Inglaterra na Guerra da Criméia contra os russos, em 1855.
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Garibaldi: Liderou os camisas vermelhas na libertação do território italiano.
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Essa participação foi logo retribuída. Em 1859, Cavour e Napoleão fizeram um acordo secreto para que as tropas francesas ajudassem o reino do Piemonte a libertar os estados do norte da Itális do domínio austríaco. Em troca, a França receberia as regiões de Nice e Savóia. A guerra começou em 1859 e o Piemonte conseguiu anexar a Lombardia. A mobilização prussiana e a reação de católicos franceses intimidaram Napoleão, que se retirou. Veneza ainda permaneceu sob domínio austríaco. Em Roma, o papa, auxiliado pelos franceses, ainda resistia. Mas em 1870, a Guerra Franco-Prussiana obrigou as tropas francesas a se retraírem. Os italianos ocuparam Roma e os outros estados pontifícios e, em 1871, a cidade foi proclamada capital da Itália. Considerando-se um prisioneiro no Vaticano, o papa recusava-se a reconhecer o novo Estado italiano unificado. A Questão Romana só foi resolvida em 1929, quando Mussolini assinou com o papa Pio XI o Tratado de Latrão, criando o Estado do Vaticano, pertencente à Igreja, dentro da cidade de Roma.
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Mapa: Mapa mostra disposição dos reinos italianos e movimentos de unificação.
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Em 1860, os “camisas-vermelhas” libertaram a Sicília e o sul, regiões dominadas por Francisco II, rei absolutista da dinastia Bourbon. Essas forças populares republicanas, comandadas por Giuseppe Garibaldi, já tinham antes conquistado Parma, Modena, Toscana e parte dos estados pontifícios. Como os monarquistas e burgueses lideraram a libertação no restante da Itália, Garibaldi, contrário à unidade monarquista, afastou-se temporariamente da política para não atrapalhar a unificação. Em 1901, Cavour morreu, mas o Piemonte já dominava quase toda a península. Vitor Emanuel se tornou rei e a capital foi transferida paraFlorença.
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Vaticano: Estado do Vaticano, pertencente à Igreja, fica dentro da cidade de Roma.
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Para completar a unificação, faltava a adesão de alguns estados papais e de Veneza. A Itália apoiou a Prússia na guerra contra a Áustria em 1866 e, graças a uma aliança, Veneza foi anexada. A Áustria ainda conservou Trento e Trieste até a Primeira Guerra Mundial.
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