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A Convenção Nacional (1792-1795)
 
 
 
A segunda fase da revolução, da Convenção Nacional, assumiu o lugar da Assembléia Nacional em 20 de setembro de 1792, dois dias depois foi proclamada a República. Para mostrar a ruptura com o passado, a Convenção criou um novo calendário. O dia 22 de setembro de 1792 era o primeiro dia do ano I da República. Nas reuniões, os jacobinos e outros radicais sentavam-se na parte mais alta, por isso eram chamados de Montanha. Os girondinos, moderados, sentavam à direita da presidência das sessões. Ao centro, na região mais baixa, ficavam os deputados do Pântano ou Planície, formados por burgueses sem posição política previamente definida.
No primeiro período da Convenção, o controle do poder esteve nas mãos dos girondinos. Nessa época, acentuaram-se as pressões para que o rei fosse julgado como traidor. Comprovado o seu envolvimento com o rei da Áustria na invasão da França, Luís XVI foi guilhotinado em 21 de janeiro de 1793.
 
 
 
No primeiro período da Convenção, o controle do poder esteve nas mãos dos girondinos. Nessa época, acentuaram-se as pressões para que o rei fosse julgado como traidor. Comprovado o seu envolvimento com o rei da Áustria na invasão da França, Luís XVI foi guilhotinado em 21 de janeiro de 1793.
Países europeus, temendo que o exemplo francês se propagasse em seus territórios, formaram a Primeira Coligação, unindo Inglaterra, Áustria, Prússia, Holanda, Espanha, Rússia e Sardenha. A França foi novamente invadida.Revoltas internas surgiram, estimuladas pelos anti-republicanos, como a da Vendéia, no oeste da França.
Teve início a Convenção Montanhesa (1793-1794) com a supremacia dos jacobinos, liderados por Marat, Hébert, Danton, Saint-just e Robespierre e marcada pela atuação popular. Com a crise econômica, as divisões políticas e insatisfações gerais a República girondina não conseguiu fazer frente às necessidades do país. Pressionada pelos sans-culottes, foi derrubada.
   
   
  Sans-culottes, figura central da revolução popular francesa.  
 
 
 
Em 1793, foi aprovada uma nova constituição (Constituição do Ano I) que estabeleceu o sufrágio universal. Constituiu-se o Comitê de Salvação Pública, encarregado de organizar a defesa e a administração, inicialmente liderado por Danton. Abaixo dele estava o Comitê de Salvação Nacional, responsável pela segurança interna e o Tribunal Revolucionário, destinado a julgar os contra-revolucionários.
Durante o governo montanhês, a radicalização política atingiu o seu máximo. Pessoas acusadas de serem inimigas da revolução foram levadas à guilhotina.
O assassinato de Marat (ídolo dos sans-culottes) por uma jovem girondina causou grande nos jacobinos e no povo.
A liderança de Danton, considerada excessivamente moderada, foi sobrepujada pela de Robespierre. Teve início o período do Terror, que foi de junho de 1793 a julho de 1794. Neste período, o Tribunal Revolucionário prendeu mais de 300 mil pessoas e condenou à morte 17 mil. Dentro da Convenção, os jacobinos estavam divididos. Danton e seus seguidores pediam o fim das perseguições e os seguidores de Hébert pregavam mais violência e radicalização. Tanto moderados quanto radicais foram mortos, além de líderes dos sans-culottes.
   
   
  Danton exerceu um papel importante no governo da Convenção, mas divergindo de Robespierre foi guilhotinado.  
 
 
 
Em meio ao clima de agitação, a Convenção adotou medidas que favoreciam a população. A Lei do Preço Máximo tabelou preços e salários, aboliu a escravidão nas colônias, obrigou o ensino público e gratuito, acabou com os privilégios feudais e vendeu os bens da Igreja.
As dificuldades econômicas e militares, a ameaça de invasões estrangeiras, o assassinato de líderes populares levaram Robespierre a perder o apoio da massa. A burguesia aproveitou e se reorganizou. Em 27 de julho de 1794 (9 do Termidor pelo novo calendário), os líderes da Montanha foram presos. Dois dias depois, Robespierre e Saint-Just, entre outros, foram guilhotinados. O movimento, chamado reação termidoriana, representou a volta ao poder da alta burguesia.
A Convenção Termidoriana (1794-1795) anulou várias decisões montanhesas, como a Lei do Preço Máximo. A nova constituição, de 1795 (Constituição do Ano III) estabeleceu o voto censitário nas eleições legislativas. O poder executivo foi exercido por um diretório, com cinco membros eleitos pelos deputados.
   
   
  Robespierre dirigiu o regime do Terror e acabou perdendo o apoio dos sans-culottes.