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A Assembléia Nacional
 
 
 
A primeira fase da revolução, conhecida como o período da Assembléia Nacional (1789-1792), se destacou pela tentativa de limitar o poder monárquico e excluir o povo das decisões políticas.
A Assembléia aboliu os direitos feudais. Em 26 de agosto, foi aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. De inspiração iluminista, o documento estabelecia o direito à liberdade, à igualdade perante a lei, à inviolabilidade da propriedade e o direito de resistir à opressão.
Pela Constituição Civil do Clero, aprovada em julho de 1790, os padres passaram a ser funcionários do Estado. Além disso, os bens do clero foram confiscados e serviram de lastro para a emissão dos assignats (papel-moeda).
 
 
 
Em 1791, a Assembléia proclamou a primeira constituição da França que estabelecia a monarquia constitucional. O poder executivo, exercido pelo rei, era limitado pelo legislativo, exercido pelos deputados eleitos por voto censitário. O voto não tinha caráter universal, votava quem possuísse uma renda mínima. A administração do país foi descentralizada, foram abolidos os privilégios aristocratas e a servidão. A escravidão foi mantida nas colônias.
Na Assembléia, entre os diversos grupos políticos destacavam-se os girondinos, representantes da alta burguesia (moderados) e os jacobinos, representantes da pequena e média burguesia. Liderado por Robespierre, se tornou o partido mais radical, buscando apoio dos sans-culottes e das classes populares. A terceira corrente era formada pelos cordeliers, da qual faziam parte Georges Danton e Jean-Paul Marat.
Em junho de 1791, Luís XVI tentou fugir da França para juntar-se aos nobres emigrados e iniciar uma contra-revolução. Ele foi preso na cidade de Varennes e reconduzido a Paris.
   
   
  A revolução teve início com a tomada da Bastilha, símbolo do despotismo, pelo povo em 14 de julho de 1789.  
 
 
 
Os monarcas absolutistas dos países vizinhos, que temiam a propagação das idéias revolucionárias, se uniram e ameaçaram invadir a França, para “restaurar a dignidade da monarquia francesa”.
Internamente, cresciam as dificuldades econômicas do novo governo. A inflação aumentou e os sans-culottes passaram a exigir o tabelamento dos preços e maior participação política. Enquanto isso, o território francês foi invadido pelo exército austro-prussiano e pelas forças dos nobres franceses emigrados, com o apoio de Luís XVI.
Os jacobinos declararam a “pátria em perigo” e realizaram um recrutamento em massa para fazer frente à invasão do país. As massas populares de Paris formaram uma Comuna revolucionária, contiveram o exército contra-revolucionário às portas de Paris, na Batalha de Valmy, e atacaram o Palácio de Tulherias (residência real na capital). O rei foi acusado de traição ao país por colaborar com os invasores e os revolucionários proclamaram a República.
   
   
  A figura mostra a prisão de Luís XVI em Varennes, quando tentava fugir.