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América colonial inglesa
 
 
 
As treze colônias inglesas se formaram ao longo da costa leste da América do Norte. Nos territórios mais ao norte concentraram-se os colonos vitimados pelas perseguições religiosas, sendo q o primeiro grupo desembarcou do navio Mayflower. Chegando em 1620, esse grupo fundou a cidade de Plymouth, em Massachusets, núcleo inicial da chamada Nova Inglaterra.
   
   
   
 
 
 
Essa região apresentou uma situação peculiar. Suas condições físicas e climáticas não eram favoraveis a uma produção agrícola destinada a complementar a economia metropolitana. Desenvolveu-se uma agricultura de subsistência, com propriedades mini-fundiárias que utilizavam mão-de-obra assalariada ou então empregavam-se “servos por contrato”. Esses servos eram pessoas que não tinham dinheiro para a viagem, a qual era paga por um fazendeiro, ficando a pessoa obrigada a trabalhar um certo número de anos para ele (de 5 a 7 anos).Nas colônias do sul, o clima subtropical e o solo fértil propiciaram a implantação do sistema de “plantation” (propriedades latifundiárias, com utilização do trabalho escravo e produção monocultora voltada para exportação). Na região se desenvolveu uma sociedade aristocrática e estratificada, marcada por uma forte desigualdade social, em que os fazendeiros determinavam a completa marginalização de índios e negros. Os principais produtos cultivados foram, inicialmente, tabaco e depois arroz, índigo (anil) e algodão. Nos territórios do norte, a fabricação de navios teve um importante papel no chamado “comércio triangular” [animação1]. Esse comércio se fundamentou nas atividades mercantis, que envolviam os colonos da Nova Inglaterra, das Antilhas e da África. Os nortistas compravam das Antilhas açúcar e melaço, para transformá-los em rum. O rum encontrava mercado na África, onde era trocado por escravos destinados às fazendas das Antilhas e das colônias do sul. Após a venda aos africanos, os navios retornavam à Nova Inglaterra com mais melaço e açúcar.
 
 
 
O comércio poderia envolver também a Europa, para onde eram enviados barcos com açúcar antilhano. Na volta, seus porões traziam produtos manufaturados, para serem comercializados na América. O comércio era altamente lucrativo, pois os navios viajavam sempre carregados de produtos para serem comercializados.
   
   
   
 
 
 
A América inglesa caracteriza-se por uma relativa autonomia política, principalmente nas colônias do norte e do centro. Cada colônia tinha um governador, que poderia ser nomeado pela Coroa, como era costume no sul ou poderia ser eleito, como acontecia no norte. Nos debates sobre os problemas públicos, a população ganhava, desde cedo, uma experiência parcial de autogoverno. As restrições e o controle intensivo sobre a colônia, típicos do mercantilismo ibérico não aconteceram na colonização inglesa da América do Norte. Grande parte das decisões permaneceu na esfera local, reforçando o sentimento de autonomia que levaria à luta pela independência dos Estados Unidos em 1776.