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A reforma de Calvino
 
 
 
Por volta de 1534, João Calvino (1509-1564) passou a se preocupar com a questão religiosa na França. Como este país possuía muitos adeptos da reforma interna da Igreja, foi obrigado a refugiar-se. Com suas pregações, Calvino foi convidado a morar em Genebra, Suíça. Conquistou rapidamente a cidade com sua fala.
 
 
 
Adquiriu total controle da vida religiosa, política e moral da cidade. Instalou rígida censura, feita pelas ordenações eclesiásticas e pelo Consistório.
A Suíça, independente desde 1499 do Sacro Império, tinha um próspero comércio. Sua burguesia nascente era impedida de expandir seus negócios por causa das barreiras impostas pela Igreja. O clero combatia a liberdade econômica e o crescente lucro dos setores mercantis. Os setores de atividade capitalista sentiam necessidade de parâmetros morais, econômicos e religiosos que legitimassem a obtenção do lucro com o comércio e a exploração do trabalho assalariado.
A doutrina de Calvino alicerçava espiritualmente o capitalismo, estimulava o lucro e o trabalho e favorecia a burguesia. Segundo ele, um cidadão mostrava sua aptidão para a salvação obedecendo às leis, sendo trabalhador, sóbrio e econômico.
   
   
  Calvino: João Calvino (1509 - 1564)  
 
 
 
Calvino acreditava que a salvação é conseguida pela fé e que esta não depende dos homens, mas sim de Deus que escolhe os eleitos. A Sagrada Escritura é a única base da crença e só o batismo e a comunhão são considerados sacramentos. Para ele, Cristo se encontra presente espiritualmente na eucaristia e o culto da igreja deve ter somente comentários da bíblia.
O calvinismo expandiu-se por vários países, principalmente os de progresso comercial, como a Escócia. Lá seus seguidores foram chamados presbiterianos, na Inglaterra, puritanos, e na França, huguenotes.