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Expansão Muçulmana
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Em pouco mais de cem anos, os árabes construíram um vasto império, que compreendia parte da Ásia, o norte da África e parte da Península Ibérica. Os motivos dessa rápida expansão podem ser encontrados em vários fatores: - a atração pelo butim (saque dos bens dos povos vencidos);
- o desejo de conquista de novas terras, motivado pela explosão demográfica, fruto da poligamia;
- a obrigação de combater os infiéis, ou seja, a guerra santa, sustentada pela atração exercida pelo paraíso: acreditavam que se morressem em combate teriam o paraíso como recompensa;
- a conjuntura externa favorável: no oriente, os impérios Bizantino e Persa estavam enfraquecidos por anos de guerras sucessivas, e no ocidente, os Estados germânicos também se encontravam enfraquecidos.
Também contribuiu muito a capacidade de integração e miscigenação dos árabes com os povos dominados. Além disso, os árabes permitiam uma relativa liberdade religiosa aos povos que não queriam se converter ao islamismo. Para não sofrer as conseqüências da guerra santa, bastava que pagassem o imposto do infiel.
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OS CALIFADOS quatro primeiros califas eram parentes de Maomé, que estenderam seus domínios sobre as antigas civilizações da Síria, Palestina, Pérsia e Egito. Dessa forma, o domínio árabe ultrapassou suas fronteiras, convertendo uma grande população. Os próximos califas, da dinastia dos Omíadas (661-750), transferiram a capital do Império Muçulmano para Damasco e instituíram o princípio hereditário do califado. Prosseguiram o processo de expansão, conquistando territórios na Ásia central, na Índia e no norte da África. Em 711 alcançaram o estreito de Gibraltar e iniciaram a conquista da Península Ibérica. Submeteram praticamente toda a península, com exceção de seu extremo norte.
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Mapa: Clique sobre o mapa para ver a expansão do império
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Ao tentar invadir a França, em 732, foram derrotados na Batalha de Poitiers. No Mediterrâneo, as conquistas restringiram-se apenas a algumas ilhas. No Oriente, penetraram pacificamente na Índia e no oceano Índico, instalando algumas colônias de comerciantes nos grandes portos. Uma conspiração interna pôs fim a dinastia dos Omíadas e inaugurou uma nova, a dos Abássidas (750-1258). Nessa nova dinastia a figura do califa sofreu um enfraquecimento, com o surgimento do vizir, que se encarregava da administração. Surgiram também principados e emirados independentes em regiões anteriormente submetidas ao califa. Esses fatores levaram o império árabe a um esfacelamento progressivo, com a fragmentação do poder central. Ao dominar todas as regiões vizinhas ao mar Mediterrâneo, os muçulmanos praticamente cortaram o elo de ligação entre a Europa e o Oriente , pois passaram a controlar os portos comerciais de toda a região. Assim, o comércio realizado por cristãos praticamente desapareceu na região. As populações litorâneas, amedrontadas com as razias, refugiaram-se no interior e passaram a se dedicar à agricultura. Isso acelerou o processo de ruralização que já se processava na Europa, contribuindo para a formação do feudalismo europeu. Clique aqui para conhecer o legado cultural muçulmano.
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