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O Governo de Justiniano
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Justiniano chegou ao trono do Império Bizantino em 527, graças ao apoio de seu tio, o imperador Justino I. Seu governo está associado ao papel exercido por sua esposa, uma ex-atriz, de nome Teodora, que teve profunda influência sobre o imperador e os assuntos do Estado. No poder, Justiniano procurou organizar as leis do Império. Uma de suas principais realizações foi a compilação das leis romanas, que originou o Corpus Juris Civilis. Com relação ao mundo exterior, o imperador bizantino tentou reconstruir o antigo Império Romano. O norte da África foi reconquistado em 535, a península Itálica em 553, onde se constituiu o Exarcado de Ravena, que se tornou a sede do Império Bizantino na região, e parte da Península Ibérica foi reconquistada em 554. Porém, essas conquistas não duraram muito.
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Justiniano: Representação de Justiniano ao centro, acompanhado de sua corte.
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Os lombardos logo ocuparam o norte da península Itálica. Os territórios do norte da África e da Península Ibérica foram tomados pelos árabes, que também conquistaram o Egito, a Síria, a Palestina e a Mesopotâmia. Era o fim do sonho de reconstrução do Império Romano.
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Os gastos com as guerras de conquista empreendidas por Justiniano levaram a um aumento excessivo dos impostos, o que provocou a eclosão da Revolta de Nika, no hipódromo da cidade de Constantinopla. As duas facções político-esportivas que concorriam no hipódromo, instigadas por aristocratas legitimistas, rebelaram-se, condenando o despotismo do imperador e pedindo a substituição da dinastia. A disputa entre governo e revoltosos tornou-se violento. Justiniano pensou em fugir, mas foi impedido por Teodora. A revolta foi, então, violentamente reprimida pelas forças do general Belisário.
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Mapa
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Com a morte de Justiniano, em 565, o Império Bizantino entrou em lenta decadência. O aumento do número de grandes propriedades, com autonomia cada vez maior, assim como o enfraquecimento do poder central, reforçaram os sentimentos separatistas de várias regiões do império. Por outro lado, o império também se viu envolvido em uma questão religiosa, o Movimento Iconoclasta, que provocou forte reação do papado. Além das crises internas, os séculos VII e VIII foram marcados pelas ameaças de invasão nas fronteiras do império, ora por parte dos árabes, ora por parte dos bárbaros. Para manter um exército poderoso nas amplas fronteiras, capaz de impedir as invasões e revoltas, era preciso consumir muitos recursos, o que acelerou o seu processo de decadência. Além disso, na Baixa Idade Média, com a retomada do comércio, surgiram rivais econômicos e políticos, como algumas cidades italianas e os árabes.O Império Bizantino conseguiu sobreviver até 1.453, ano da tomada de Constantinopla pelos turcos. A queda dessa cidade serviria como marco não só para o fim do Império Bizantino, mas também para o fim do mundo medieval e o início da Idade Moderna.
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