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Introdução
 
 
 
Em Mecânica aprendemos que todo corpo material atrai outro corpo material com uma força conhecida como força gravitacional, que, como vimos, só tem conseqüências práticas quando um dos corpos tem massa muito maior do que o outro, como no caso da força existente um planeta como a Terra e a Lua, por exemplo.
 
 
 
Entretanto, a força gravitacional não é a única força de ação à distância que pode existir entre os corpos materiais. Existem outras forças muito mais fortes do que ela. Vamos ver alguns exemplos?
  A força gravitacional é um exemplo de força de ação à distância, que age entre dois ou mais corpos que se encontram bastante separados entre si, como os planetas e o Sol, por exemplo.  
 
 
 

Com certeza você já brincou com ímãs, suspendendo com ele pregos e outros objetos metálicos.
 
 
 
Percebemos que o ímã é capaz de levantar da mesa um prego de ferro, contra a atração gravitacional de toda a Terra. Agora examinemos esta outra experiência que você pode facilmente repetir em casa.
  Você também deve ter reparado que um ímã não atrai plástico nem borrachas. Por que será?  
 
 
 
Num dia seco, quando se atrita um pente de plástico ou uma régua sobre um pedaço de lã, como a de um casaco ou cobertor, vemos que o pente passa a atrair pequenos pedaços de papel:
   
   
   
 
 
 
 

Estas forças agindo sobre os objetos metálicos e sobre os pedaços de papel são exemplos de forças magnéticas e elétricas, respectivamente. Estas forças são conhecidas pela humanidade desde a Antigüidade. Os fenômenos que dão origem a tais forças sendo denominados de fenômenos elétricos e magnéticos ou, de uma maneira geral, eletromagnéticos. Mas, ao contrário dos fenômenos mecânicos, sonoros, luminosos e térmicos, os efeitos elétricos e magnéticos (ou eletromagnéticos) sempre foram cercados de mistérios. Foram necessários muitos estudos para que surgisse alguma aplicação prática de tais fenômenos. Isso porque não podemos ver nem sentir o eletromagnetismo, já que não temos órgãos próprios para isso.
 
 
 

Historicamente: Os fenômenos elétricos são conhecidos desde a Antigüidade, muito antes da invenção da escrita. Além dos raios, que é a forma mais comum destes fenômenos, diz-se que o filósofo grego Thales teria observado forças elétricas há cerca de vinte e cinco séculos, ele teria verificado que uma resina conhecida como âmbar tinha a capacidade de atrair pó e fiapos de palha. A palavra eletricidade vem de elektron, nome grego do âmbar.
  Imaginemos por um momento a vida das pessoas no mundo há 150 anos atrás. Tudo era muito diferente do que hoje: quando anoitecia, as cidades mergulhavam em uma escuridão profunda. De vez em quando, um ou outro lampejo varava o escuro. Não havia como as pessoas se comunicarem a longa distâncias. Os únicos ruídos eram os produzidos pelas vozes humanas, sons da natureza e instrumentos musicais. Televisão, rádio, computador, telefone celular simplesmente não existiam. Era enfim uma vida bem diferente dos nossos dias. O que faltava naqueles dias?  
 
 
 

Mas não se conseguia explicar porque o âmbar atraía os objetos. Quanto ao magnetismo, em tempos muito primitivos se descobriu que certas substâncias atraiam permanentemente pedaços de ferro. Os antigos gregos, por exemplo, sabiam das propriedades de um minério de ferro (magnetita) que é um ímã natural.
Curiosidade: Pedro, o Peregrino, um cruzado francês, foi quem deu o nome de pólos às pontas opostas dos imãs e que tem a capacidade de se atrair ou se repelir. Ele descobriu que pólos diferentes se atraem, enquanto que os semelhantes se repelem.
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