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Espermatófitas ou fanerógamas
 
 
 
O termo fanerógama vem do grego phaneros=visível, aparente + gamos=casamento. As fanerógamas ou espermatófitas têm estruturas reprodutivas bem visíveis: as flores, nas angiospermas, e os estróbilos nas gimnospermas.

Já o nome espermatófita deriva de sperma=semente + phyton=vegetal, ou seja, plantas com semente.

O surgimento de sementes parece ter sido um dos fatores responsáveis pela atual predominância das espermatófitas. Isso porque a semente tem capacidade de sobrevivência, fornecendo ao embrião proteção e nutrientes. Assim, na fase de germinação e estabelecimento da planta jovem, as plantas com sementes têm uma vantagem seletiva sobre as suas ancestrais, portadoras de esporos móveis.

As adaptações que ocorreram nas estruturas reprodutivas das fanerógamas eliminaram a necessidade de que o gameta masculino nadasse até o feminino, como ocorre em suas ancestrais. Por isso, a reprodução das fanerógamas não mais depende da água para que haja fecundação. Este é um importante fator para a colonização do ambiente terrestre.

Nas espermatófitas a alternância de gerações ocorre, mas o gametófito se desenvolve no interior das estruturas reprodutivas do esporófito, diferentemente do que ocorre nas pteridófitas. Sua visualização é possível somente com microscópio. Os gametas masculinos, chamados núcleos espermáticos, localizam-se no tubo polínico, que é o gametófito masculino.

O óvulo das plantas não corresponde ao óvulo animal. Nos animais, o óvulo é o gameta em si. Nas plantas o gameta feminino, ou oosfera, fica dentro do gametófito feminino que, por sua vez, fica dentro do óvulo. O gametófito feminino é diferente entre gimnospermas e angiospermas.

Todas as plantas com sementes são heterosporadas. Ocorre a formação de esporos masculinos (micrósporos) ou femininos (megásporos). O megasporângio é envolvido por tegumentos (tecidos protetores) que deixam somente uma pequena abertura, chamada micrópila. O conjunto dessas estruturas é chamado óvulo.
 
 
 
Após a fecundação, o óvulo se desenvolve, originando a semente. Estas têm a capacidade de permanecer, dependendo da espécie, por longos períodos de tempo sem germinar. Este tempo é chamado de período de dormência. A dormência pode ser quebrada por estímulos ambientais, como umidade, temperatura e disponibilidade de luz. As sementes possuem somente de 5 a 20% de seu peso em água, enquanto nos demais tecidos vegetais esse teor é de 80 a 95%. Este fator é responsável por uma taxa muito baixa de metabolismo na semente. Muitas vezes, o desgaste da casca (testa) é responsável pela quebra da dormência. Esse desgaste permite a entrada de água e o embebimento provoca aceleração no metabolismo, fazendo com que muitas enzimas entrem em ação.