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Paródia
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Você já inventou uma letra diferente para uma música conhecida? E já percebeu que, na maioria das vezes, essa "nova letra" é engraçada, satírica? Ao ato de reinventar uma coisa que está pronta, que é conhecida, damos o nome de paródia. A produção de uma Paródia utiliza as idéias de um texto com a intenção de colocá-lo em dúvida, divergir de suas idéias e até mesmo ridicularizá-lo. Ela é feita nos mesmos moldes da Paráfrase, porém, por seu caráter divergente, a Paródia utiliza os argumentos do texto original com o intuito de contradizê-los.
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Canção de Regresso à Pátria Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra Ouro terra amor e rosas Eu quero tudo de lá Não permita Deus que eu morra Sem que eu volte para lá Não permita Deus que eu morra Sem que eu volte para São Paulo Sem que eu veja a rua 15 E o progresso de São Paulo
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O Canto de Regresso à Pátria, de Oswald de Andrade, é uma clara Paródia à Canção do Exílio, de Gonçalves Dias. O elemento caracterizador da sátira deve ser avaliado pelos contextos socioculturais das épocas vividas pelos autores. Gonçalves Dias lançou mão de um lirismo exacerbado no canto de exaltação à Pátria, próprio do Romantismo. Os autores do Modernismo, caso de Oswald de Andrade, desejavam se desvincular da estética Romântica, e a Paródia foi um método eficiente para mostrar os diferentes pontos de vista.
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Canção do Exílio Minha terra tem palmeiras Onde canta o Sabiá As aves, que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas Nossas várzeas têm mais flores Nossos bosques têm mais vida Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite Mais prazer encontro eu lá Minha terra tem palmeiras Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores Que tais não encontro eu cá Em cismar — sozinho, à noite Mais prazer encontro eu lá. Minha terra tem palmeiras Onde canta o Sabiá Não permita Deus que eu morra Sem que eu volte para lá Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá Sem que eu ainda aviste as palmeiras Onde canta o Sabiá |
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Kennst du das Land, wo die Citronen blühen, Im dunkeln Laub die Gold-Orangen glühen? Kennst du es wohl? — Dahin, dahin!Möchtl ich... ziehn. Goethe |
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