O poema de Oswald de Andrade impressiona, não é? Onde estão os versos, as estrofes, as rimas? Que palavras estranhas são essas? Isso é o que chamamos de poesia modernista. Se você prestar atenção vai perceber que a poesia aproxima-se da prosa e que o poeta está falando de momentos da história nacional (descobrimento, catequização, etc.), sendo representados no Carnaval. E essas palavras estranhas representam a língua “brasileira”, que teve contribuições das raças apresentadas no poema (português, índio e negro). A Primeira geração modernista (1922-30), conhecida como a geração de 22, constituiu-se como uma fase combativa, de rompimento com as estruturas do passado (métrica, rima, linguagem de dicionário etc.). Propunha o moderno, o original, as “palavras em liberdade”, a piada, a ironia e o nacionalismo. |
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Brasil O Zé Pereira chegou de caravela E perguntou pro guarani de mata virgem - Sois cristão? - Não. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte Teretê tetê Quizá Quizá Quecê! Lá longe a onça resmungava Uu! Ua! Uu! O negro zonzo saído da fornalha Tomou a palavra e respondeu - Sim pela graça de Deus Canhem Babá Canhem Babá Cum Cum! E fizeram o Carnaval Oswald de Andrade |
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