Literatura » Quinhentismo » Literatura Jesuítica
 
 
Literatura jesuítica
 
 
 
Poema da Bem aventurada Virgem Mãe de Deus – Maria

Tu és o Porto tranqüilo,
A enseada segura dos navios,
Batidos pela fúria do mar enlouquecido.
Eis que a minha barquinha,
A braços com medonha tempestade,
A ti se acolhe já ao pôr do sol,
Com o remeiro alquebrado.
Agora que o mármore do mar se eriça contra os ventos
Estende-me tua mão, Virgem bondosa,
Para que não pereça.
José de Anchieta
   
   
   
 
 
 

O poema acima foi escrito pelo padre José de Anchieta. Você se lembra dele? Anchieta ficou famoso por escrever poemas para a Virgem Maria nas areias da praia de Iperoig, enquanto estava refém dos índios.
Logo no início da colonização, vieram muitos jesuítas para o Brasil para catequizar os índios. Além de escrever cartas e relatórios documentais, eles também compuseram para a catequese. Os mais famosos são poemas e textos teatrais do Pe. José de Anchieta.
 
 
 
Obras de José de Anchieta
Arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil (1595) – primeira gramática de tupi (língua falada por tribos indígenas brasileiras);
Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões (1554/1594) – textos publicados em 1933;
De Beata Virgine Dei Matre Maria - poema a Virgem Maria;
Poemas - vários poemas em português, espanhol, tupi e latim;
Teatro – 8 autos.
  José de Anchieta nasceu nas Ilhas Canárias e veio aos 19 anos para o Brasil. Juntamente com o Pe. Manuel da Nóbrega fundou um colégio em Piratininga, atual cidade de São Paulo.