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Épica camoniana
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Não mais, Musa, não mais, que a Lira tenho Destemperada e a voz enrouquecida, E não do canto, mas de ver que venho Cantar a gente surda e endurecida. O favor com que mais se acende o engenho Não no dá a pátria, não, que está metida No gosto da cobiça e na rudeza Duma austera, apagada e vil tristeza. Camões
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Esses são os versos finais de Os Lusíadas. Qual a opinião de Camões sobre Portugal na época em que escreveu seus versos? É fácil notar que o poeta não estava muito otimista quanto ao futuro de seu reino. Para ele, Portugal tinha se entregado à cobiça, numa busca constante de riquezas. Contudo, seu objetivo ao escrever seu poema foi apresentar as glórias e as conquistas do povo português no passado. Para isso, colocou como personagem central de seu poema Vasco da Gama e com entusiasmo narrou suas aventuras. Camões escreveu a epopéia os Lusíadas (1572) considerada um dos mais importantes textos escritos em língua portuguesa.
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Seu modelo foram as epopéias de Homero (a Ilíada e a Odisséia) e de Virgílio (a Eneida). A narração relata a viagem feita por Vasco da Gama para as Índias, em 1497. No poema são apresentados também fatos da História de Portugal, grandes conquistas e feitos do povo português.
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A epopéia de Camões segue a estrutura dos modelos clássicos. a) Introdução (divide-se em três partes) Proposição - apresentação do assunto: grandes feitos dos portugueses. Invocação - invocação dos deuses e das musas: Camões invoca as Tágides (ninfas que habitam o rio Tejo). Dedicatória – oferecimento da obra a uma pessoa ilustre: o poeta dedica o poema a D.Sebastião, monarca de Portugal quando a obra foi publicada. b) Narração – quando inicia-se realmente a história: Camões relata a viagem de Vasco da Gama às Índias. Entre as peripécias de Vasco da Gama e seus companheiros são apresentados episódios significativos da História de Portugal. c) Epílogo – fim do poema: o poeta lamenta em tom melancólico o destino de Portugal. |
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Características Formais dos Lusíadas
- Poema narrativo em versos decassílabos (dez sílabas poéticas).
- Estrofes de oitava rima (de oito versos).
- Esquema de rimas – ABABABCC.
- Divisão do poema em dez cantos.
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