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As Fases do conflito
 
 
 
A primeira fase do conflito se caracterizou pela guerra de movimento (1914). Nesta fase, os alemães aplicaram o Plano Schlieffen, que já havia sido idealizado em 1905, em meio ao clima de revanchismo que marcava a política externa. Segundo esse plano, os alemães investiriam o grosso de suas tropas contra a França, passando pela Bélgica e alcançando Paris ao fim de seis semanas. Com isto, estariam livres para atacar os russos.
 
 
 
Executando o plano, os alemães invadiram a Bélgica (o que serviu de pretexto para a entrada da Inglaterra na guerra), venceram os franceses na fronteira e rumaram para Paris. Porém, o ataque dos russos pela frente oriental obrigou a Alemanha a dividir suas forças, deslocando tropas para a ex-Prússia Oriental. Isso favoreceu os franceses que conseguiram conter o avanço alemão na batalha do Marne em setembro de 1914.
A guerra entra então na segunda fase, a da guerra de posições ou de trincheiras, de 1915 a 1918. Os exércitos permaneciam nas trincheiras defendendo os territórios conquistados. A posse de alguns quilômetros de terreno era conseguida às custas de milhares de vidas. Os avanços de ambos os lados eram insignificantes de forma que a frente ocidental ficou imobilizada por três anos.
   
   
  Trincheira da Primeira Guerra, com soldados vivos  
 
 
 
Enquanto isso, na frente oriental, os alemães obtinham sucessivas vitórias contra os russos. As chamadas potências centrais (Alemanha e Áustria-Hungria) receberam o apoio do Império Turco-Otomano e da Bulgária. Ao lado da Tríplice Entente (França, Rússia e Inglaterra), chamados de aliados, se posicionaram o Japão, Itália, Romênia e Grécia.
As sucessivas derrotas russas e os conflitos internos enfraqueceram o poder do czar Nicolau II que foi obrigado a renunciar. Estava em andamento a Revolução Russa. Quando tomaram o poder, os bolcheviques fizeram a paz em separado com a Alemanha, em 1918, pelo tratado de Brest-Litovski, oficializando a saída dos russos da guerra.
Em abril de 1917, os Estados Unidos entraram na guerra ao lado da Tríplice Entente. Aparentemente neutros até então, forneciam apoio aos países aliados em armas, munições e empréstimos. A possibilidade de vitória da Alemanha ameaçava os investimentos norte-americanos nos países da Entente e o prolongamento da guerra lhe causava grande preocupação. O pretexto para a entrada no conflito foi o afundamento de dois navios norte-americanos por submarinos alemães.
A intervenção dos Estados Unidos rompeu o equilíbrio mantido até 1917, favorecendo os Aliados. A derrota das Potências Centrais, juntamente com uma revolta popular que se espalhava no país, levou o kaiser alemão Guilherme II a renunciar. No dia 9 de novembro de 1918 foi instaurada a República na Alemanha e no dia 11, o país assinou o armistício de Compiégne.
  As trincheiras eram longas valetas cavadas na terra que tinham proteção de arame farpado, acima do qual havia torres com metralhadoras. Elas formavam verdadeiras redes de defesa, onde milhares de soldados permaneciam durante meses. A vida nas trincheiras não era fácil. Quando chovia, os túneis inundavam. Os soldados ficavam enterrados em meio à lama, sem ter como se aquecer e as doenças se espalhavam, matando milhares de pessoas diariamente.
O Brasil na Guerra
O Brasil declarou guerra contra as Potências Centrais em 1917, depois de ter um navio mercante afundado por alemães no Canal da Mancha e outro atacado. O país não enviou tropas à Europa e sua participação limitou-se à organização de equipes de auxílio médico e missões de patrulhamento no Oceano Atlântico.