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As conseqüências da mineração
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A migração foi a primeira mudança oriunda da descoberta do ouro .Portugueses e habitantes de outros locais do Brasil, principalmente com a decadência do açúcar , se deslocaram para a região das minas. O aumento populacional desencadeou outras alterações, como o deslocamento do eixo econômico do nordeste para o sudeste. O maior exemplo foi a transferência da capital:
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Salvador era a capital da colônia até 1763, após esse ano o Rio de Janeiro tornou-se a nova sede do governo.
A estrutura de trabalho também foi modificada durante o período minerador. A mão-de-obra escrava perdeu espaço para os muitos homens livres que se tornaram mineradores. Alguns escravos conseguiram sua liberdade ao encontrarem ouro, pois, assim, puderam comprar sua alforria. Nesse período inicia-se a utilização do trabalho livre.
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A Urbanzação
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O surgimento de uma classe média foi outra característica desta fase. Profissionais liberais e funcionários públicos fizeram surgir uma nova classe social, situada entre os senhores de engenho e grandes mineradores (elite) e os escravos. Pode-se afirmar que a sociedade nascida da mineração possuía uma melhor distribuição de renda e maior mobilidade social, contrapondo-se à sociedade do período anterior. O surgimento de cidades nas localidades de exploração do ouro foi outra importante conseqüência da mineração.
Com o aumento da população e o interesse exclusivo na obtenção de ouro, a região tornou-se um mercado consumidor em potencial. Por isso, outros lugares da colônia desenvolveram suas economias visando o abastecimento da região mineradora. O Rio de Janeiro fornecia bens de consumo (roupas, ferramentas, utensílios, armas, tecidos e alimentos), as regiões nordeste e sul abasteciam com couro, gado e carne. Essa circulação de mercadorias fez surgir um mercado interno no Brasil colônia, fato inédito até então. A produção manufatureira surgida no período teve tamanha intensidade que em 1785 a metrópole decretou a proibição de manufaturas no Brasil.
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