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A Escravidão no Brasil colônia
 
 
 
Desde o século XV Portugal utilizava a mão-de-obra africana escravizada e havia feito do tráfico negreiro um dos seus mais lucrativos comércios.
 
 
 
Os negros eram arrancados de sua comunidade e enviados para as colônias americanas. Segundo alguns estudos, até o século XIX, aproximadamente 25 milhões de africanos foram capturados, sendo que 40% tinham como destino as plantações do Brasil. Ainda havia uma imensa maioria de africanos que morriam durante o transporte entre os continentes, já que eram trazidos para a América em embarcações específicas para o seu transporte, conhecidos como navios negreiros ou tumbeiros.
   
   
  Escravos  
 
 
 
Os africanos eram amontoados em porões de navio, sujeitos à fome, sede, contaminação, entre outras situações precárias. A mortalidade era alta e chegava a 20% do total.
Os negros que chegavam vivos ao Brasil eram vendidos nas cidades mais importantes: Rio de Janeiro, Salvador e Recife, e depois levados até as plantações de açúcar. Eles pertenciam, principalmente, aos seguintes grupos: bantos (Congo, Angola e Moçambique), sudaneses (Nigéria, Daomé e Costa do Marfim) e maleses.
A exploração africana durou todo o período colonial, estendendo-se até próximo à proclamação da República. A dominação sobre os negros não ocorreu sem resistências e conflitos. Atos de rebeldia, como assassinatos de senhores e feitores, fugas, suicídios, abortos, mutilações e mesmo doenças eram constantes. Os quilombos tornaram-se os mais conhecidos focos de resistência negra. No século XVII ocorreu seu maior exemplo, em Palmares, que, devido a sua força e resistência, tornou-se símbolo do movimento negro brasileiro.
   
   
  Escravo A  
 
 
 
Palmares, localizava-se no interior do atual estado de Alagoas, era uma comunidade auto-suficiente, que chegou a comercializar com as comunidades vizinhas. Estima-se que viveram em Palmares cerca de 20 mil pessoas. A comunidade foi atacada diversas vezes, mas conseguiu resistir por mais de 60 anos. Só em 1694 o quilombo foi invadido e destruído. Em 1695 Zumbi, seu líder, foi capturado, morto e esquartejado na repressão aos movimentos libertários negros.
   
   
  Zumbi  
 
 
 
  A escravidão no Brasil perdurou por mais de 300 anos. Por isso, muitos conflitos raciais surgiram após a libertação dos escravos.