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A abertura econômica da China
 
 
 
“Em meados dos nos 80, a China já era o país de maior crescimento econômico no planeta, e concentrava a atenção do mundo, tornando-se a menina dos olhos do capital estrangeiro. Na época da globalização do espaço econômico mundial, os capitais fluem pelo mundo todo com maior rapidez, proporcionada por transportes mais velozes, transmissão de informações via Internet, eliminação de barreiras alfandegárias nacionais, formação de blocos econômicos regionais reunindo vários países (como a União Européia, o Mercosul, o Nafta), etc. Globalização significa eliminação de distâncias e mais velocidade no intercâmbio de pessoas, mercadorias e informações. Desse modo, o investidor estrangeiro pode obter informações seguras sobre seus negócios na bolsa de Xangai em tempo real. Já que os capitais fluem rapidamente, os governos lutam para atraí-los, concedendo-lhes vantagens fiscais, estabilidade monetária e segurança. A China faz isso, mas sem sacrificar-se às imposições externas, pois é ela quem escolhe os setores da economia e as regiões onde se darão os investimentos, de que forma e sob quais condições.
Assim, ao contrário dos países da periferia do mundo capitalista, que adotam supervalorizações cambiais artificiais para estimular importações e aberturas comerciais desenfreadas (o México e o Brasil são exemplos), a China controla sua abertura. Ainda assim, é o país preferido pelos capitalistas do mundo inteiro para receber investimentos. Entre os chamados mercados emergentes (países pretensamente em transição para algum tipo de economia desenvolvida), a China foi o país que mais recebeu investimentos estrangeiros nos últimos anos. Em 1996, recebeu 73% dos investimentos dirigidos às economias emergentes” .

MAO JR., José e SECCO, Lincoln. A Revolução Chinesa, até onde vai o dragão? São Paulo, Scipione.