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As relações de trabalho
 
 
 
Durante a Idade Média o trabalhador ou artesão produzia seus artigos para um mercado pequeno e era dono da matéria-prima utilizada e dos instrumentos de trabalho. Ele não vendia sua força de trabalho, mas o produto do seu trabalho. Antes da Revolução Industrial, este quadro começa a se alterar e, com as transformações do século XIX, as relações de trabalho passam a ser outras. O trabalhador deixa de ser dono dos instrumentos e da matéria-prima, estes passam a pertencer ao proprietário empregador. O operário apenas possui sua força de trabalho, vendida por um salário. O uso das máquinas favoreceu a especialização (ou divisão) do trabalho com a produção de artigos em série. Este tipo de produção surgiu nos Estados Unidos, na indústria automobilística de Henry Ford e, por isso, ficou conhecida por fordismo. Nas indústrias, o trabalhador realizava apenas uma etapa do processo produtivo, o que aumentava a produtividade e baixava os custos.
   
   
  Fábrica Ford  
 
 
 
Com a constante exploração do trabalho assalariado (trabalhavam mais de quatorze horas diárias, não possuíam um salário fixo, não tinham direitos a férias ou descansos semanais, a expectativa de vida era de trinta anos, etc.) surgiram conflitos entre a burguesia e o proletariado. Assim, muitos locais tornaram-se palcos de reivindicações operárias. O exemplo mais importante é o movimento ludista na Inglaterra que se fundamentou na destruição das máquinas e instrumentos de trabalho, como uma forma de resolver o problema da miséria e opressão. Por volta de 1824 os operários conseguiram aprovar Leis Trabalhistas na Inglaterra, seguidos por outros países europeus.
   
   
  Henry Ford