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O Congresso de Viena
 
 
 
O CONGRESSO DE VIENA
Após a derrota de Napoleão em Leipzig (1813), as potências européias Áustria, Prússia, Rússia, Inglaterra e França restaurada convocaram o Congresso de Viena.
 
 
 
Este se estendeu até 1815, tendo sido interrompido durante o governo dos Cem Dias. Foi presidido pelo príncipe austríaco Metternich e contava ainda com o czar Alexandre, da Rússia, Frederico Guilherme, da Prússia, Castlereagh, da Inglaterra e Talleyrand, da França, além de representantes de outras nações européias. Com o fim de restaurar o equilíbrio europeu, restituiu as dinastias e as fronteiras que vigoravam no continente antes da Revolução Francesa.A restauração das fronteiras favoreceu principalmente Rússia, Prússia, Inglaterra e Áustria, que se apossaram de territórios de Estados mais fracos, como a Polônia e a Itália.
A França conservou seus limites territoriais de 1789. Foi obrigada a pagar uma indenização de guerra e teve seu território ocupado por um exército aliado. O papel de Talleyrand foi importante nas negociações. Sem sua participação, o país seria ainda mais prejudicado.
   
   
  Metternich: Representante da Áustria, presidiu o Congresso de Viena.  
 
 
 
As mudanças no mapa da Europa atingiram o quadro colonial. A Inglaterra anexou as ilhas de Malta e Jônicas no Mediterrâneo, a Cidade do Cabo, no sul da África, e Ceilão (atual Sri Lanka), a Guiana, na América do Sul, e ilhas das Antilhas. A Bélgica foi incorporada aos Países Baixos (Holanda). A Rússia recebeu parte da Polônia e a Bessarábia. A Prússia ficou com grande parte da região do rio Reno (na Alemanha). A Áustria recebeu outra parte da Polônia e o norte da Itália.
Para impedir movimentos revolucionários que podiam questionar a ordem conservadora restabelecida na Europa, o imperador da Rússia, Alexandre I, propôs a formação de um exército com as forças das potências européias. Em 1815, os exércitos da Inglaterra, Rússia, Prússia e Áustria formaram a Santa Aliança. Mais tarde, em 1818, o primeiro Congresso da Santa Aliança decidiu retirar as tropas de terminar a ocupação da França, que se tornou novo membro da Aliança.
 
 
 
Porém, gradativamente, Os planos estabelecidos no Congresso de Viena e pela Santa Aliança foram se dissolvendo. A Revolução Industrial espalhou-se por vários países e fortaleceu os valores burgueses e liberais. Além disso, o sentimento nacionalista emergiu na Europa e nas colônias. Na Grécia, tiveram início rebeliões que culminaram na sua emancipação do Império Turco_Otomano em 1822. Na América Latina, as independências das colônias não abafada pela Santa Aliança, contribuíram para enfraquecê-la. No caso latino-americano, os interesses da Grã-Bretanha tiveram papel relevante. A independência das colônias significava para os ingleses a abertura de mercados e novas áreas de influência política.
Por isso, quando a Santa Aliança mostrou as primeiras intenções de tomar medidas contra as colônias rebeladas, a Inglaterra passou a defender o princípio da não-intervenção, colocando-se na prática, ao lado dos movimentos emancipacionistas e acabando por retirar-se da Santa Aliança.Os Estados Unidos demonstravam sua oposição a qualquer tentativa de recolonização na Doutrina Monroe, lançada em 1823, com o lema “América para os Americanos”.
   
   
  Talleyrand: Diplomata francês, defendeu os interesses do seu país no Congresso de Viena.  
 
 
 
Na França, em 1830, um governo liberal estabeleceu-se, novamente, com a queda da dinastia Bourbon e a ascensão da família Órleans. Nesta época, o poder efetivo da Santa Aliança já havia desaparecido e o caminho para a consolidação do liberalismo estava aberto.
   
   
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