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O consulado (1799 - 1804)
 
 
 
Após o golpe de 18 Brumário, o poder do Diretório foi substituído pelo Consulado.O poder Executivo passou a ser comandado por três cônsules, eleitos pelo Senado com mandato de dez anos.
 
 
 
O primeiro cônsul foi Napoleão Bonaparte, detentor do poder de fato. Ele nomeava ministros, oficiais, funcionários e membros do Conselho de Estado, além de preparar os projetos de lei. Tinha poderes ilimitados em um regime aparentemente democrático.Internamente, Napoleão procurou garantir a estabilidade econômica vital ao desenvolvimento dos negócios da burguesia. Centralizou a administração pública, criou um corpo de funcionários para arrecadar impostos e criou o banco da França. O novo padrão monetário foi criado, o franco, em vigor até hoje, no lugar dos assignats emitidos durante a Revolução. O cônsul obteve o apoio da população rural, concedendo-lhe terras expropriadas da Igreja e de nobres emigrados.
Promoveu uma reforma no ensino, criando os liceus, espécie de internatos responsáveis pela formação dos futuros oficiais do exército ou ocupantes de altos cargos civis.
Napoleão procurou a política de reconciliação nos planos interno e externo. Em 1802, assinou a Paz de Amiens com a Inglaterra e pôs fim ao conflito europeu iniciado em 1792.
   
   
  Cônsul: O cônsul Napoleão Bonaparte.  
 
 
 
Uma das obras mais importantes foi o Código Napoleônico, inspirado no Direito Romano. O código garantia a propriedade privada, proibia associações de empregados e as greves.De modo geral, garantia as conquistas burguesas, além de restabelecer a escravidão nas colônias. Essas leis influenciaram toda a Europa e se transformaram na fonte de diretrizes legais do mundo capitalista.
Em 1801, estabeleceu com a Igreja a Concordata. O papa aceitou o confisco de bens eclesiásticos e o Estado ficava proibido de intervir nos cultos. Os bispos seriam indicados pelo governo e teriam que prestar juramento de fidelidade a ele. As leis papais somente entrariam em vigor depois de aprovadas pelo governo francês.
O êxito da política interna e externa de Napoleão condicionou o estabelecimento da vitaliciedade do consulado em 1802. Dois anos depois ele recebia o título de imperador, sendo coroado como Napoleão I.
   
   
  Papa: O papa Pio VII assinou a Concordata, reatando as relações entre o Estado e a Igreja, rompidas desde o início da Revolução Francesa.)