História » Iluminismo » Independência Latino-Americana
 
 
Independência latino-americana - Parte II
 
 
 
Enfraquecida, a metrópole espanhola perdeu o controle sobre as colônias. Aproveitando-se desta situação, os criollos, organizados em cabildos e juntas governativas depuseram as autoridades e assumiram a administração da colônia. Não se aceitava mais a subordinação e, a partir de 1810, as declarações de independência se sucederam em várias regiões. Os primeiros focos de revolta que surgiram, entre 1810 e 1816, não contavam com o apoio da Inglaterra e foram reprimidos após a restauração do trono espanhol, em 1815.Entre 1817 e 1825, os movimentos emancipacionistas se reorganizaram, tiveram apoio da Inglaterra e dos Estados Unidos, e se efetivaram na libertação da maioria dos países.O apoio da Inglaterra foi movido por interesses econômicos, já que os novos países podiam representar mercados para seus produtos.
 
 
 
A posição dos Estados Unidos pode ser resumida na política da Doutrina Monroe que defendia a “América para os americanos”. Na América do Sul, dois nomes se destacam na luta pela libertação das colônias. Símon Bolívar, republicano, conhecido como “o libertador”, sonhava com uma América unida e José de San Martín que defendia inicialmente um governo monárquico constitucional. Eles percorreram a América Latina lideraram várias emancipações.
   
   
  Símon Bolívar  
 
 
 
No México, o processo assumiu um caráter popular, fato particular na América espanhola. Houve uma revolução social com a proposta do fim da escravidão, da igualdade de direitos e da condenação da aristocracia fundiária e dos altos funcionários. A primeira tentativa, de 1811, teve a liderança do padre Hidalgo, depois executado. A conquista da independência foi em 1821, liderada pelo general Itúrbide, proclamado imperador. Ele foi deposto por um levante republicano e, em 1824, o México se tornou efetivamente uma república federativa, com a mesma estrutura agrária e social que mantinha a maioria da população submetida ao controle das elites.
 
 
 
Bolívar, apoiado pela Inglaterra e pelos Estados Unidos, organizou um exército regular e libertou a Venezuela em 1817, a Colômbia em 1819 e o Equador em 1821. A Bolívia se libertou em 1825 sob a liderança de Bolívar e Antonio José de Sucre.No Chile, o movimento separatista foi iniciado em 1808 por Bernardo O’Higgins, que, com San Martín, preparou o Exército dos Andes para lutar contra os espanhóis. Em 1818, sob comando dos dois líderes, conseguiu sua independência. O’Higgins foi feito presidente.
   
   
   
 
 
 
O Paraguai libertou-se sem guerras em 1811, num movimento liderado por Yedros e José Francia. A Argentina proclamou sua independência em 1816. O Uruguai, anexado ao Brasil desde 1821 com o nome de Província Cisplatina, se tornou independente em 1828.O Peru (1824), foi liberto sob a liderança de José Martín e o inglês lorde Cochrane.Em 1824, a América Central proclamou sua independência formando as Províncias Unidas da América Central. Essa unidade se rompeu sob pressões inglesas e norte-americanas originando, em 1838, a Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica.Após as independências, a América Latina se fragmentou e a dependência econômica persistiu. O século XIX foi marcado pelo domínio das grandes famílias criollas e pela dominação econômica da Inglaterra.
Para voltar ao início, clique aqui