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África do Sul
 
 
 
Na África do Sul, ocorreu um dos mais dolorosos episódios do processo de descolonização: o apartheid_ sistema oficial de segregação racial que privilegiava a minoria branca estabelecida na região. Mesmo com a independência conquistada da Inglaterra, a minoria branca não quis abrir mão do domínio sobre o território e sobre o povo sul-africano.
Os descendentes de ingleses e holandeses (bôeres) estabelecidos na África criaram um regime social que eliminava os direitos políticos dos negros e eliminava os direitos humanos. O povo negro continuou sob domínio de uma minoria branca apesar da independência.
 
 
 
O regime do apartheid chegou ao conhecimento da opinião pública internacional com o Massacre de Sharpeville, em 21 de março de 1960, tornando este dia o Dia Mundial da Luta contra a Discriminação Racial. As autoridades brancas massacraram centenas de negros e prenderam mais de 200 que protestavam contra o apartheid. Em 1963, o regime prendeu o principal líder do movimento de libertação do povo Sul africano, Nelson Mandela, que ficou preso até 1988. Outro episódio que mostrou ao mundo a segregação racial Sul-africana foi a violenta repressão policial a jovens que protestavam contra a imposição do ensino do idioma africânder nas escolas (1976).
   
   
  Nelson Mandela  
 
 
 
O conflito se prolongou por cerca de seis meses e muitos jovens estudantes morreram em choques com a polícia no episódio que ficou conhecido como o "massacre de Soweto".
Em 1986, o governo decretou estado de emergência, prendeu cerca de 25 mil pessoas sem julgamento e matou outras milhares. Em 1987, estabeleceu a censura nos meios de comunicação.
O regime do apartheid sofreu um forte abalo com saída de Nelson Mandela da prisão, em 1991. Em 1994, o apartheid deu seu último suspiro com a vitória eleitoral de Nelson Mandela, que foi o principal líder do movimento interno na luta contra o apartheid.