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O fato de o início e a intensificação do processo de descolonização Afro-asiática ter acontecido nas duas grandes guerras (Primeira e Segunda Guerras Mundiais) não é mera coincidência. Essas guerras foram travadas entre os países colonizadores (França, Inglaterra e Bélgica, entre outros) e os deixaram enfraquecidos. Japão e Alemanha saíram da Segunda Guerra Mundial totalmente destruídos. Mesmo os países vitoriosos ficaram abalados belicamente em função da guerra. Como a dominação européia era baseada no uso da força, seu enfraquecimento abriu caminho para a vitória dos movimentos de libertação que aconteciam nas colônias. Depois das guerras, os países europeus não tinham mais força para reprimir as lutas por libertação, organizadas pelos povos colonizados com o objetivo de conquistar a independência política e econômica. O processo de descolonização é resultado, de um lado, do enfraquecimento dos países europeus e, de outro, das lutas pela independência travadas pelos povos colonizados. Outros fatores contribuíram para esse processo. O desmoronamento do mito da superioridade dos brancos (europeus) sobre outros povos, principal fundamento ideológico da dominação colonial européia e a Declaração de Autodeterminação dos Povos, feita pela ONU, em 1942, também contribuíram, pois criou outra visão sobre as relações entre povos diferentes, determinando que nenhum povo poderia dominar e explorar outro. Outro fator importante foi a disputa por zonas de influência, travada entre EUA e a extinta URSS. Essa política fazia com que EUA e ex-URSS estimulassem movimentos de independência nas colônias européias para, depois, procurarem fazer com que os países independentes aderissem ou ao capitalismo ou ao socialismo. Esses fatores influenciaram o processo de descolonização, que mudou completamente a divisão geopolítica da África e da Ásia.
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