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Corrida armamentista
 
 
 
No período da Guerra Fria ocorreu a corrida armamentista, que foi um jogo interminável de produção de armas. As duas potências travaram uma competição que envolvia o desenvolvimento de armas cada vez mais potentes. Se os Estados Unidos, por exemplo, desenvolvessem um míssil atômico com alcance de 10.000 km, a União Soviética, para superar o rival americano, desenvolvia outro míssil com alcance de 12.000 km. Isso aconteceu em diversos setores da indústria armamentista. O desenvolvimento de armas foi mais intenso no campo das armas nucleares.
   
   
  Avião caça (americano)  
 
 
 

A lógica da corrida armamentista colocou o mundo sob o risco de destruição total. O desenvolvimento de armas nucleares e bombas atômicas chegou ao ponto de tornar uma guerra entre as potências americana e soviética um possível fim do mundo, dada a capacidade destrutiva dos arsenais acumulados por ambos os lados. Diante desse risco, os blocos americano e soviético procuraram fazer acordos que evitassem a explosão de uma guerra. Em 1975, os países europeus, incluindo a URSS, mais Estados Unidos e Canadá assinaram a Declaração de Helsinque, que estabelecia princípios para a coexistência pacífica entre os países comunistas e capitalistas na Europa. Entre outras definições, ficou acordado que as fronteiras dos países eram invioláveis e o arranjo geopolítico daquele momento deveria ser respeitado, sem tentativas de invasão ou conquista de outros territórios e nações. Isso representou um arrefecimento no clima da Guerra Fria, mas ela só terminou mesmo em 1991 com o fim do bloco socialista, embora, em 1986, com a política da Perestroika, Gorbatchev já sinalizasse o fim dos conflitos entre capitalistas e comunistas.