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Governo geral
 
 
 
Como o sistema de Capitanias Hereditárias não funcionou, Portugal foi obrigado a elaborar uma nova estratégia de ocupação e administração da colônia. Em 1548, a Coroa portuguesa instituiu o regime de Governo Geral, que representava uma interferência direta da coroa na administração colonial. Esse modelo administrativo não eliminou as capitanias, mas criou um controle centralizado das suas atividades.
   
   
  Prédio da Câmara Municipal da capitania de Santos  
 
 
 
O Governador Geral contava com três postos hierárquicos auxiliares: ouvidor-mor, responsável pelo cumprimento das leis, provedor-mor, que recolhia os impostos e capitão-mor da costa, que cuidava da defesa do litoral. Isso constituiu o embrião de um aparelho estatal no território brasileiro.
   
   
  Tomé de Sousa: Governador Geral do Brasil.  
 
 
 
Embora dirigido por Portugal, o sistema de Governo Geral estava inserido no território colonial. Nesse aparelho funcionavam as Câmaras Municipais, formadas por vereadores eleitos entre “homens bons” (oligarcas locais). Nas Câmaras Municipais, misturavam-se interesses públicos da administração e dos donos de terras, dando origem aos primeiros problemas de confusão entre administração pública e interesses privados, pois o espaço público era tratado como extensão das fazendas dos vereadores.