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Introdução
 
 
 
Eletrização por Atrito
Diariamente assistimos a inúmeros fenômenos elétricos: nas lâmpadas, nas televisões e nos telefones [Link: 7_6_5 Física no Cotidiano], em motores [Link: 7_6_4 O Motor Elétrico] que movem locomotivas e eletrodomésticos.
 
 
 
Embora não consigamos ver os elétrons se movendo no interior dos fios elétricos, enxergamos a luz emitida pela lâmpada, que é uma conseqüência daquele movimento:
 
 
 
Sabemos [Link: 7_1_1 Introdução Geral] que uma resina conhecida como âmbar, ao ser atritada com um tecido de lã apresenta a propriedade de atrair objetos leves, como pedaços de palha e sementes pequenas, que estejam em sua proximidade.
 
 
 
No entanto, há muitas outras substâncias, como o vidro, o plástico e materiais feitos de celulose que apresentam a mesma propriedade do âmbar. Tais materiais se eletrizam por atrito, ou seja, adquirem carga elétrica [Link: 7_2_4 A Carga Elétrica. A Eletrostática] ao ser atritados.
  O âmbar é uma resina produzida pelas árvores, que endurece naturalmente com o passar do tempo.  
 
 
 
A experiência abaixo é bastante simples, e ilustra a eletrização por contato: vamos utilizar dois bastões de vidro ou de plástico, pendurando um dos bastões pelo seu centro, com um fio de seda e segurando o outro bastão na mão.
 
 
 
A seguir, atritamos com um tecido de lã uma das extremidades do bastão suspendo e a extremidade livre do bastão que temos na mão:
 
 
 
Observamos que:
 
 
 
· Se os bastões forem ambos de vidro ou ambos de plástico, as extremidades eletrizadas se repelem.· Se um dos bastões é de vidro e o outro de plástico, as extremidades eletrizadas se atraem.
 
 
 
Importante: Podemos realizar experiências semelhantes a estas com muitos outros materiais. Objetos de mesmo material, que foram eletrizados pelo mesmo processo, sempre se repelem, enquanto que objetos diferentes se atraem.
 
 
 
Verificamos assim que os corpos eletrizados podem ser classificados em dois grupos, ou seja, existem apenas dois tipos de eletricidade: um semelhante à do vidro e o outro semelhante ao do bastão de plástico. Seguindo uma tradição que vem desde o tempo de Benjamim Franklin [Link: História], diremos que o vidro e os corpos eletrizados que apresentam o mesmo comportamento que o vidro estão carregados positivamente, e que o bastão de plástico e os objetos eletrizados que se comportam como ele estão carregados negativamente. Convém frisar aqui que os termos positivo e negativo são apenas palavras convencionadas, não carregando nenhum sentido próprio.Clique aqui para continuar.
  Os resultados desta experiência podem ser assim resumidos: dois corpos eletricamente carregados se repelem quando suas cargas [Link: 7_2_4 A Carga Elétrica. A Eletrostática] são do mesmo tipo (ambas positivas ou ambas negativas) e se atraem quando suas cargas são de tipos diferentes (uma positiva e outra negativa).