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Campos rupestres
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Este tipo de ambiente pode ser considerado como um cerrado, no sentido amplo do termo. No entanto possui características muito particulares, com uma alta diversidade de espécies, muitas delas endêmicas.
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Os campos rupestres ocorrem em regiões montanhosas, acima de 900 m de altitude. Podem ser encontrados sobretudo nos Estados de Minas Gerais e Bahia e caracterizam-se pela presença de afloramentos rochosos em meio a áreas de solo raso e arenoso.
Por estarem localizados nos picos dos morros, distribuem-se em áreas descontínuas. Acredita-se que seja justamente esta descontinuidade a causa da grande quantidade de espécies endêmicas aí observadas.
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O clima assemelha-se bastante ao do cerrado: quente o ano inteiro, podendo esfriar bastante durante a noite. Na estação chuvosa há a formação de vários brejos, que secam completamente no inverno. Os campos rupestres estão sujeitos constantemente a fortes ventos.
A ocorrência de incêndios naturais também é freqüente. Por esta razão, as árvores e arbustos, assim como nos cerrados, têm aspecto retorcido e cascas grossas. Nas baixadas também pode haver matas de galerias.
Devido à quantidade de micro-habitats existente, a diversidade da flora é impressionante. É possível observar cactáceas, plantas características de locais áridos, bem próximas a plantas carnívoras (Drosera sp.), geralmente encontradas em brejos.
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Outra característica que diferencia os campos rupestres dos cerrados é a presença de muitas plantas capazes de crescer diretamente sobre as rochas nuas. Entre elas, destacam-se algumas espécies de orquídeas e bromélias, famílias que na maioria das vezes são citadas como exemplo de plantas epífitas.
Em muitos locais, o que se observa é um mosaico formado por áreas de campo rupestre intercalados por cerrados e matas.
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Devido à grande diversidade e ao alto grau de endemismos, a preservação e estudo destas áreas é muito importante. Mesmo a destruição de pequenas áreas poderia levar à extinção de várias espécies.
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