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Lixo e reciclagem
 
 
 
Nas últimas três décadas, a produção de lixo vem assumindo proporções que tornam o assunto uma das principais preocupações do homem moderno. Dados recentes levantados pelo jornalista e pesquisador Washington Novaes, mostram que, enquanto a população mundial cresceu 18% entre 1970 e 1990, a produção de lixo aumentou 25%. Esta tendência aponta para um quadro de sérios problemas ambientais e sanitários.
   
   
   
 
 
 
No passado o lixo era constituído exclusivamente de matéria orgânica biodegradável. As concentrações humanas eram pequenas e era fácil dar fim ao lixo gerado. Geralmente ele era enterrado, resolvendo dois problemas de uma vez: controle dos transmissores de doenças e fertilização do solo. Atualmente o lixo orgânico produzido nas casas, restaurantes, nas podas de jardins e de árvores pode ser processado através de métodos de compostagem.
 
 
 
O crescimento populacional e a industrialização contribuem diretamente para o aumento incessante do lixo no mundo, além de alterarem sua composição. Isto pode ser verificado no aumento significativo de embalagens de todo tipo (papel, papelão e plásticos) observado nas últimas décadas. Mas afinal, o que se pode fazer com tanto lixo? Nos grandes centros urbanos do planeta repete-se o mesmo drama: os lixões e aterros sanitários, locais para onde a maior parte do lixo é destinada, estão se esgotando. Não existem áreas para novos aterros e lixões, pois ninguém os aceita por perto. No Brasil, a situação é extremamente grave. Cerca de 20% do lixo não é coletado e degrada os arredores das cidades, assoreando rios e córregos. Do que é coletado, mais de 50% vai para lixões a céu aberto, menos de 25% vai para aterros adequados e menos de 1% vai para a reciclagem.
   
   
   
 
 
 
Uma outra opção disponível para a redução do enorme volume de lixo coletado nas cidades é a queima em incineradores. A incineração é um processo que deve ser realizado de maneira controlada para evitar um aumento na poluição do ar, sendo que a montagem e manutenção de instalações adequadas implica em gastos elevados.
Não há como negar que o lixo está entre os mais sérios problemas mundiais. A solução para o problema passa necessariamente pelo cidadão comum, através da implementação de políticas de educação ambiental. Programas como a coleta seletiva de lixo, que facilitam a cadeia de reciclagem têm mostrado bons resultados nos locais onde foram implantados.
  Lixo nas alturas

O mundo tem sido entupido com lixo. Mesmo no ponto culminante da Terra, o Everest, desde a base até o pico, calcula-se que existam cerca de 500 toneladas de cilindros de oxigênio, latas de alimentos, ferramentas, plásticos, cordas, etc.

Lixo e mais lixo

Nas áreas urbanas do planeta, onde vivem cerca de três bilhões de pessoas, produz-se uma média de 700 gramas de lixo doméstico por pessoa diariamente. Isto significa cerca de dois milhões de toneladas de lixo doméstico por dia ou mais de 700 milhões de toneladas por ano.

Vida de gari

A renda mensal média de um lixeiro no Brasil é de R$350. Na Alemanha recebe-se pelo mesmo trabalho de R$2800 a R$3000. No Canadá, um lixeiro recebe aproximadamente R$6700 por mês.
 
 
 
 
Tempo médio para decomposição de alguns tipos de lixo descartados no ambiente
Papel 3 meses
Pano 6 meses a um ano
Vidro Indeterminado
Filtro de cigarro 1 a 2 anos
Madeira pintada 13 anos
Fralda descartável 600 anos
Plástico 450 anos
Lata de alumínio 200 a 500 anos
Lata de conserva 100 anos