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Comportamento animal
 
 
 
O estudo do comportamento animal é feito desde que nossos ancestrais começaram a prestar atenção à sua volta e notar as reações dos animais a determinadas situações. Provavelmente o estímulo para fazer estas observações foi a necessidade de caçar alguns animais e não ser caçado por outros.
O conhecimento a respeito do comportamento dos animais cresceu, mas durante muito tempo os estudiosos desta área se limitaram a descrever os comportamentos observados nos animais de forma humanizada, ou antropomórfica. É o que acontece quando olhamos para um cachorro com o “rabo entre as pernas” e concluímos que ele está “com vergonha”, ou quando este mesmo cachorro “balança o rabo” e concluímos imediatamente que ele está “feliz”.
 
 
 
   
   
   
Uma outra forma de pensar que surgiu com o tempo, foi a de que os comportamentos animais eram determinados por instintos porque eles eram incapazes de realizar comportamentos "inteligentes". Nem a visão antropomórfica e nem a visão de que os animais agem puramente por instinto ajudam muito a entender por quê os animais se comportam da maneira que o fazem...
O comportamento das baleias é algo já bastante estudado e muitos dos comportamentos que elas realizam em suas áreas de reprodução e de alimentação já foram devidamente desvendados. Há um, todavia, que ainda precisa ser explicado: Algumas fêmeas de Jubarte são encontradas sozinhas, com a cauda para fora d'água, ou seja, de cabeça para baixo! Elas podem assim permanecer por mais de uma hora, quando mergulham ou mudam de posição para respirar e voltam à posição anterior. O que ela estará fazendo? Dormindo? Escutando o canto dos machos? Ou simplesmente cansou de nadar e quis ficar numa posição diferente???
 
 
 
  Um sapo está sentado tranqüilamente na beira de uma lagoa até que passa uma mosca desavisada bem perto dele. Zupt!, a língua do sapo sai e traz a mosca para dentro da boca do sapo. Como e por quê ele fez isso? Clique aqui para descobrir.  
Ao estudar o comportamento dos animais, é conveniente não esquecer outros aspectos do estudo da biologia como a evolução e o estudo das populações. A seleção natural, por exemplo, deve estar atuando na determinação do comportamento dos animais mais do que em qualquer outro fator. Dezenas de diferentes padrões de comportamento podem fazer a diferença entre um indivíduo que se reproduz e um outro que não o faz, e toda a adaptação anatômica e fisiológica do animal pode ser inútil se o animal não for capaz de se alimentar, escapar dos predadores e encontrar um parceiro para o acasalamento.
Resumindo a história, o comportamento deve dar ao animal a habilidade de "comer, se reproduzir e não ser comido..."
 
 
 
Alguns comportamentos dos animais são sem dúvidas instintivos e outros são aprendidos com o tempo. Esta é uma afirmação até certo ponto fácil de entender. O difícil mesmo é determinar quais comportamentos são instintos e quais são produto de aprendizado. Isto tem gerado diversas controvérsias entre os cientistas. Aprenda um pouco mais sobre elas clicando aqui.
Alguns filhotes de aves apresentam um comportamento de reconhecer como “mãe” a primeira coisa que se mova em frente a eles, há inclusive relatos de pesquisadores que foram reconhecidos como mães de alguns gansinhos, o que lhes gerou diversos constrangimentos. Este comportamento é observado em muitos filhotes e é genericamente chamado de “imprinting”, uma das muitas facetas do desenvolvimento do comportamento.