 |
|
 |
|
 |
Restos nitrogenados
|
 |
|
|
 |
|
 |
|
As proteínas são hidrolisadas pela pepsina no trato digestivo para que seus componentes, ou seja, os aminoácidos possam ser absorvidos pelo intestino para então, serem aproveitados na construção de outras proteínas. No entanto, nem todos os aminoácidos podem ser aproveitados imediatamente e o organismo não é capaz de armazená-los desta forma. Assim sendo, alguns dos aminoácidos ingeridos são desaminados (ou seja, o radical amino -NH2 é retirado) para que o resto da molécula (um carboidrato) possa ser utilizada como forma de energia ou armazenada em forma de gordura. Assim que o aminoácido é quebrado, ele produz um carboidrato e uma molécula de amônia, que pode ser produzida com pouco gasto de energia. A amônia é tóxica a menos que esteja em solução muito diluída. Desta forma, só podem excretar amônia animais aquáticos ou que vivam em locais com grande abundância de água, na qual ela possa ser diluída. Em linhas gerais, a excreção de amônia gasta pouca energia, mas requer um gasto muito grande de água. Para animais aquáticos a excreção de amônia não é um problema, mas para os animais terrestres a perda d'água decorrente deste processo seria desastrosa. Assim sendo, eles precisam converter a amônia em outros compostos. Mamíferos e anfíbios adultos economizam água, convertendo a amônia resultante da quebra dos aminoácidos em uréia. A uréia é um pouco mais cara em termos energéticos, mas os cinco passos enzimáticos do ciclo da uréia valem a economia de água feita por estes animais, que excretam um resíduo menos tóxico e que portanto pode ser mais concentrado e armazenado no corpo por mais tempo.
|
|
|
 |
|
 |
|
Outros animais terrestres como as aves, os répteis e os insetos excretam um resíduo ainda menos tóxico, o ácido úrico. Este resíduo é ainda mais caro em termos energéticos, já que requer a ação de 15 enzimas para ser formado, no entanto pode ser excretado quase que em forma sólida, o que representa uma enorme economia de água. Como os rins só lidam com restos nitrogenados na forma sólida, aves e répteis passam uma solução diluída de ácido úrico para a cloaca, onde a maior parte da água é reabsorvida e o ácido úrico é misturado às fezes. |
 |
|
|
|
|
O problema da excreção de restos nitrogenados está intimamente relacionado com o problema da osmorregulação (regulação das propriedades osmóticas dos fluidos), ou seja, do balanço entre água e sais no organismo. |
|
|
|
|
|
|
|
 |
|
 |
|
curiosidade: Apesar dos mamíferos não excretarem ácido úrico, ele aparece na urina de humanos, grandes macacos e dálmatas (raça de cachorros). Ele é o resultado da quebra de guanina e adenina (bases nitrogenadas que fazem parte do DNA). Humanos com algumas desordens metabólicas produzem mais ácido úrico que o normal, causando uma doença chamada de gota, na qual cristais de ácido úrico se acumulam em algumas juntas, provocando muita dor.
|
|
|
 |
|
 |