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A ventilação nas aves
 
 
 
As aves desenvolveram um sistema muito mais eficiente de trocas gasosas que os demais vertebrados. Dentro deste grupo, são elas as que possuem as maiores taxas de metabolismo, devidas ao vôo, que demanda uma grande quantidade de energia, além da manutenção da temperatura corporal, pois são endotérmicos.
Além disso, algumas aves voam a altíssimas altitudes, onde a pressão de O2 é menor, ou seja, elas não poderiam ter esse tipo de hábito sem uma adaptação para melhor absorver o O2.
 
 
 
Os pulmões das aves são relativamente menores que os dos mamíferos e não são capazes de grandes expansões (característica dos mamíferos). No entanto, eles são ligados a vários sacos aéreos, situados em várias partes do corpo, sendo os quatro principais divididos em dois na parte anterior e dois na parte posterior do corpo.
Estes sacos não possuem uma superfície respiratória e servem apenas como reservatório de ar. O ar passa dos brônquios para os sacos aéreos posteriores e retorna através dos capilares aéreos (as superfícies respiratórias propriamente ditas, em forma de tubos muito finos). Com este tipo de mecanismo, existe um movimento constante de ar pelos capilares aéreos, o que assegura trocas gasosas eficientes. Para compreender melhor o que é e como funciona este sistema, clique aqui.
   
   
   
 
 
 
Como as aves não possuem diafragma, a respiração se faz às custas de movimentos das costelas e do osso esterno. A respiração parece ser sincronizada com os movimentos das asas durante o vôo.
  Além de servir para otimizar a troca de gases nas aves, os sacos aéreos, que muitas vezes terminam nos ossos, ainda são uma adaptação para o vôo, já que tornam os ossos menos densos e cheios de ar (é o que chamamos de ossos pneumáticos).