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Detalhes sobre o funcionamento dos pulmões
 
 
 
Grande parte do ar dos nossos pulmões permanece nos alvéolos, mesmo quando nós exalamos o mais forte que conseguimos. Este ar serve para continuar fornecendo O2 aos capilares (por onde o sangue não para de passar) e evitam que os alvéolos, que são estruturas muito delicadas, se colapsem . Outra proteção contra o colapso dos alvéolos é a solução surfactante, que reduz a tensão dos fluidos.
  Crianças que nascem prematuramente freqüentemente não respiram direito devido ao fato de que ainda não secretaram a solução surfactante. As paredes de seus alvéolos se juntam como se fossem um fino saco plástico molhado.  
 
 
 
Além disso, o pulmão ainda pode contar com as pleuras, que são duas membranas que o revestem. Uma delas se adere ao pulmão como uma pele e a outra se adere às paredes da cavidade torácica. No espaço entre elas há uma substância fluida que as mantém unidas. Assim, quando a cavidade torácica aumenta de volume ela leva consigo a camada externa da pleura, que por sua vez está aderida à camada interna que faz com que o pulmão também aumente em volume.
  As aves possuem a maior taxa metabólica entre os vertebrados. Isso se deve a seus hábitos de vida e à necessidade de aquecer o corpo, entre outras coisas. Veja como funciona o processo de ventilação do pulmão das aves.  
 
 
 
Como os vertebrados fazem para o ar entrar em seus pulmões? Há duas maneiras possíveis: por pressão positiva ou negativa.
A respiração por pressão positiva ocorre quando o ar é empurrado para dentro dos pulmões, da mesma maneira como quando enchemos um balão. Este foi o sistema que primeiro apareceu nos vertebrados e ainda pode ser observado nos sapos que enchem a boca de ar e utilizam a musculatura das bochechas para empurrá-lo para dentro dos pulmões.
Os mamíferos possuem um sistema de respiração por pressão negativa, que funciona pela sucção do ar por uma área de baixa pressão. Este sistema funciona graças aos movimentos do diafragma, um músculo localizado logo abaixo dos pulmões e que não existe em outros vertebrados. Os movimentos deste músculo fazem com que o pulmão se expanda ou se contraia devido aos seus respectivos movimentos de contração ou relaxamento. Enquanto o músculo do diafragma se contrai, os músculos entre as costelas também se contraem, expandindo ainda mais o volume dos pulmões, ocorrendo o contrário quando o diafragma se relaxa.
Quando o volume dos pulmões aumenta, a pressão do ar dentro deles diminui, o que faz com que o ar entre pelo nariz (ou seja, ocorre a inspiração), para equalizar a pressão dos pulmões com a pressão externa.
 
 
 
Quando exalamos o ar, os músculos entre as costelas e o diafragma relaxam, o pulmão diminui de volume a pressão do ar aumenta, fazendo com que ele saia pelas narinas. Assim ocorre a expiração.
  Um ser humano em repouso inala aproximadamente 500ml de ar de cada vez. Os últimos 150 ml nunca saem das vias respiratórias (traquéia, brônquios e bronquíolos), assim só 350ml atingem os alvéolos. O ar remanescente dos alvéolos atinge um volume de 2300ml. Com isso, apenas 1/7 do ar é renovado a cada inspiração.