História » Europa e América do Norte no séc. XIX » França » A Revolução de 1848
 
 
A Segunda República Francesa (1848-1852)
 
 
 
Após a derrubada de Luís Filipe, o Governo Provisório, pressionado por republicanos, pequenos burgueses e operários, proclamou a Segunda República – a primeira tinha sido entre 1792 e 1804. Do Governo Provisório participaram todos os setores sociais, de monarquistas a proletários, passando por todas as camadas da burguesia.
O escritor socialista Louis Blanc e o operário Albert foram os deputados representantes do proletariado. Eles aprovaram a lei que limitava a jornada de trabalho e criaram as oficinas nacionais, que garantiam trabalho a desempregados em fábricas e obras do governo.
Os liberais moderados, representantes dos grandes proprietários, buscavam barrar as medidas populares. Com isso, eram comuns os conflitos entre líderes operários e burgueses.
Em abril de 1848, realizaram-se as eleições para a Assembléia Constituinte tendo como base o sufrágio universal. Os moderados, do Partido Republicano, saíram vitoriosos graças principalmente à atuação do proprietário rural.
   
   
  Com plebiscitos, Luís Bonaparte transformou a França em Império  
 
 
 
O controle da Assembléia Constituinte permitiu à burguesia pôr fim às conquistas proletárias. As manifestações populares se multiplicaram, tumultuando Paris. Sob o comando do general Cavaignac, conhecido como “o carniceiro”, o governo massacrou os revoltosos.
O estado de sítio foi decretado, 3 mil pessoas foram mortas e 15 mil expulsas do país.
Em novembro de 1848, a nova constituição decidiu que o presidente da república seria eleito para mandatos de 4 anos. As eleições presidenciais foram em 10 de dezembro e Luís Bonaparte, sobrinho de Napoleão I, foi eleito apoiado pelos franceses que viam nele a possibilidade de restaurar a glória da época do tio.
A constituição proibia a reeleição presidencial. Quase no fim de seu mandato, em 1851, com a intenção de se manter no poder, Luís fechou a Assembléia Nacional, instalando a ditadura, como o tio tinha feito 50 anos antes.
Um plebiscito realizado depois permitiu à Bonaparte elaborar uma nova constituição. Ela o transformou em cônsul e deu-lhe poder ditatorial por dez anos. Outro plebiscito, de 1852, transformou a França novamente em império e Luís Bonaparte foi coroado imperador, recebendo o título de Napoleão III.
   
   
  General Cavaignac, o carniceiro, comandou massacres a revoltosos