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A fomação da monarquia inglesa
 
 
 
Em 1066, os normandos, vindos do norte da França atual, invadiram a Inglaterra, comandados por Guilherme, o Conquistador. Este rei se apoderou do trono inglês e dividiu o reino em condados, fiscalizados pelos sherifs, conseguindo dessa forma um grande controle sobre seus domínios.
 
 
 
Com a morte de Guilherme, teve início a dinastia dos Plantagenetas. O processo de fortalecimento do poder prosseguiu com Henrique II (1154-1189), o primeiro rei desta dinastia. Henrique II aplicou as leis reais para todo o reino, procurando submeter inclusive a Igreja a essa legislação, estabeleceu a justiça real, contratou mercenários para formar um exército e adquiriu o direito de convocar homens livres (burgueses, artesãos e cavaleiros), em caso de necessidade.
   
   
  Invasão: Detalhe de uma tapeçaria persa que ilustra a invasão da Inglaterra por Guilherme, o Conquistador.  
 
 
 
Com a Magna Carta, o poder real enfraqueceu consideravelmente, ao passo que a nobreza se fortaleceu por meio do Grande Conselho, considerado precursor do parlamento inglês.
 
 
 
No final do século XV, teve início a disputa entre os Lancaster e os York, famílias nobres, pelo trono da Inglaterra. Esse conflito ficou conhecido como Guerra das Duas Rosas (1455-1485), porque as duas famílias possuíam uma rosa em seus brasões. O conflito só teve fim em 1485, quando Henrique Tudor, descendente dos Lancaster e, por lado materno, também ligado aos York, assume o trono como Henrique VII, dando início à dinastia dos Tudor.A nobreza saiu desgastada da guerra, permitindo o estabelecimento de uma monarquia forte, que culminaria no absolutismo inglês dos séculos seguintes.
Porém, o processo de fortalecimento do poder real começa ser interrompido com o sucessor de Henrique, Ricardo Coração de Leão (1189-1199). Envolvido em guerras contra a França e com a terceira cruzada, este rei permaneceu muito tempo afastado do trono. Além disso, constantes aumentos de impostos levaram a uma grande insatisfação popular.
   
   
  Carta  
 
 
 
Seu sucessor, João Sem Terra (1199-1216), agravou esse clima de insatisfação com a continuidade do aumento de impostos, que deveriam cobrir as despesas da guerra com a França. Aliado a isso, as sucessivas derrotas e a perda de territórios para a França provocaram uma revolta dos senhores feudais.
 
 
 
Reunidos no Grande Conselho, em 1215, os nobres impuseram a João Sem Terra a Magna Carta, que limitava os poderes do rei. Esta carta, considerada a precursora das liberdades individuais, proibia o rei de criar impostos sem o consentimento do Grande Conselho e assegurava aos ingleses proteção contra o despotismo real.