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Histórias em quadrinhos
 
 
 
As histórias em quadrinhos têm antecedentes na Idade Média em painéis e iluminuras que empregavam o recurso de imagens justapostas em seqüência para relatar passagens bíblicas, lançando mão também das chamadas Filacteras - espécie de precursoras do atual balão de fala; entretanto só vieram a se cristalizar como linguagem artística no início do nosso século, sendo contemporâneas do cinema e como ele, tornando-se mais tarde um meio de comunicação de massa.
 
 
 
   
   
   
Fusão entre a escrita e a expressão pictórica, as HQs possuem características exclusivas à sua linguagem, segundo o pesquisador Ivan Carlo: O leitor participa da narrativa quadrinhística, completando o vácuo entre um quadro e outro. Sobre as particularidades da linguagem dos quadrinhos, Gaiarsa diz: As histórias em quadrinhos estimulam mais a inteligência a imaginação e a abstração, permitem um número maior de combinações porque se podem combinar no espaço e em todas as direções, ao passo que as palavras só podem se suceder em uma linha depois da outra, uma palavra dita após a outra, uma frase dita após a outra. O teórico da comunicação Marshall McLuhan classifica as histórias em quadrinhos como um "meio frio", isto é, um meio de comunicação que promove uma maior participação do interlocutor no processo de leitura/apreensão .