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Exigiu você que eu escrevesse, manu própria, nos espaços brancos deste seu exemplar de “Sagarana”, uma explicação, uma confissão, uma conversa, a mais extensa, possível – o imposto João Conde para escritores, enfim. Ora, nem o assunto é simples, nem sei eu bem o que contar. Mirado o assunto é simples, nem sei eu bem o que contar. Mirrado pé de couve seja, o livro fica sendo, no chão do seu autor, uma árvore velha, capaz de transviá-lo e de o fazer andar errado, se tenta alcançar-lhe os fios extremos, no labirinto das raízes. Graças a Deus, tudo é mistério. Guimarães Rosa
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