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Crise do Estado Novo
 
 
 
O desenrolar da Segunda Grande Guerra propiciou uma situação de instabilidade dentro do governo varguista. Devido ao seu caráter ditatorial, Vargas muitas vezes se aproximou ideologicamente das nações do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Mas, em 1940, os EUA liberaram 20 milhões de dólares para a construção da usina de Volta Redonda, fato que obrigou e o governo Vargas a assinar uma declaração de guerra contra o Eixo.
 
 
 
O alinhamento de Vargas com os EUA propiciou uma conjuntura de contradição entre as políticas governamental (ditadura) e a defendida pelos países aliados (democracia). A mesma ditadura que reprimia violentamente movimentos por liberdade e democracia combatia ao lado de países que almejavam o fim das ditaduras de Hitler e Mussolini. A partir de 1943, manifestos contrários ao governo de Vargas passaram a circular e a mobilizar a opinião pública.
   
   
   
 
 
 
Diante da pressão social por mudanças, em 1945 Getúlio assinou um Ato Adicional convocando eleições para o fim do ano. Nesse contexto, surgiram vários partidos políticos (UDN, PSD, PTB e PCB). Vargas também decretou anistia aos presos políticos e eliminou a censura.
Mesmo com o encaminhamento das eleições presidenciais, temiam-se as reais intenções de Vargas. Em outubro de 1945, com tropas militares cercando o Palácio Guanabara, Getúlio renuncia à presidência. Dois meses depois, as eleições são realizadas e o general Dutra – membro do governo varguista e também do movimento que defendia o fim do Estado Novo – elegeu-se presidente do Brasil.