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Os antecedentes e a revolução
 
 
 
Desde fins do século XIX, a China era explorada por várias potências imperialistas. Esta exploração estrangeira foi apoiada por funcionários do Estado imperial e senhores de terra, que se beneficiavam do comércio com estrangeiros. Esses setores sociais começaram a usar os lucros para comprar terras, levando ao aparecimento de grandes propriedades e de trabalhadores rurais sem terras. A opressão nacional passou a ser identificada com a dinastia Manchu.
Surgiram insurreições nacionalistas, como a revolta dos Boxers (1898-1901), que fracassaram. Mas o engajamento de camadas populares na luta contra o imperialismo e pela democracia cresceu.
 
 
 
Em 1911, a dinastia Manchu foi deposta e a República, proclamada. Sun Yat-Sen, líder do Partido Nacionalista (Kuomintang), nomeado presidente, teve um governo marcado pela divisão interna, o que acabou favorecendo a dominação estrangeira.
Em 1921 surgiu o Partido Comunista Chinês (PCC), que logo ganhou numerosos adeptos. O PCC apoiou o governo de Kuomintang na luta pela unificação nacional até 1925. Nesse ano, o novo líder das tropas do Kuomintang, Chiang Kai-Shek, apoiado pelas velhas classes dominantes, com medo do avanço da esquerda, passou a perseguir os comunistas.
Diante das derrotas sofridas em Xangai e Pequim, o PCC, liderado por Mao Tse-Tung e Chu Teh, decidiu se retirar para o campo.
   
   
  Mao e suas tropas em 1947: Camponeses desempenharam papel de grande importância na Revolução Chinesa  
 
 
 
O Kuomintang, comandado por Kai-shek, constituiu um governo que manteve a exploração rural e urbana com impostos e pilhagens, além de colaborar com as potências estrangeiras. As insatisfações cresceram e a crise aumentou, originando uma guerra civil.
Percebendo a fragilidade do país, o Japão invadiu a Manchúria, em 1931.
 
 
 
Em 1934, tropas do governo se organizaram para esmagar os comunistas, forçando o Exército Vermelho comunista a empreender a Longa Marcha. Cerca de 90 mil pessoas saíram de Kiangsi. Chegaram a Shensi, um ano depois, apenas 30 mil, depois de percorrerem 10.000 km.
Em 1937, os japoneses invadiram outros territórios do país. Mao Tse-Tung, líder dos vermelhos, propôs a união entre o Kuomintang e o PCC para combater o inimigo externo. Essa frente única durou até o fim da 2a Guerra, quando Kai-Shek preparou-se para um novo ataque aos comunistas. Apesar do apoio norte-americano, os nacionalistas de Kai-Shek não conseguiram deter a ofensiva comunista, que entraram em Pequim em janeiro de 1949 e, em 1o de outubro, proclamaram a República Popular da China.
Kai-Shek se refugiou na Ilha de Formosa (Taiwan) instalando um governo nacionalista, apoiado pelos EUA (a China Nacionalista).
   
   
  A China passou a sofrer maior pressão do imperialismo japonês