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O Absolutismo na França
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A França foi o país onde o absolutismo conheceu seu apogeu. A centralização do poder remonta à época dos capetíngios, na Baixa Idade Média, e ganhou maior impulso após a Guerra dos Cem Anos (1337-1453), com a dinastia dos Valois.Sob o governo dos Valois, no século XVI, a França viveu um período de disputas religiosas, o que dificultou a completa centralização política.
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Nobres, burgueses e populares disputavam os espaços de poder e a definição do poder real.Durante o governo de Carlos IX (1560-1574), as lutas intensificaram-se e envolveram a burguesia calvinista (huguenotes) e a nobreza católica, defensora dos privilégios feudais, que tinha o apoio de Catarina de Médicis, mãe do rei. O medo de uma conspiração protestante levou Catarina e o líder católico De Guise a convencerem Carlos IX de que havia uma conspiração protestante. Milhares de protestantes foram assassinados na Noite de São Bartolomeu, a 24 de agosto de 1572, entre eles o almirante Gaspar Coligny, líder dos protestantes.
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Catarina de Médicis
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Com a morte de Carlos IX, seu irmão, Henrique III, subiu ao trono. Os conflitos prosseguiram quando o católico Henrique De Guise passou a disputar a hegemonia política com o rei, que era apoiado pelo protestante Henrique de Navarra Bourbon. Essa disputa, chamada A Guerra dos Henriques, terminou com o assassinato de Henrique III. O herdeiro legal, Henrique de Navarra, precisou abjurar ao protestantismo para subir ao trono. Seu interesse pelo poder foi expresso na frase: “Paris bem vale uma missa”. Henrique de Navarra assumiu o poder com o nome de Henrique IV (1589-1610) dando início à dinastia dos Bourbon. O rei tentou pôr fim às guerras de religião ao promulgar o Edito de Nantes em 1598, e conceder liberdade religiosa aos protestantes, que puderam manter algumas praças-fortes.
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Na noite de São Bartolomeu, mais de 3000 protestantes foram massacrados em Paris.
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Henrique IV foi sucedido por Luís XIII, que subiu ao trono com nove anos. A parte inicial de seu governo foi conduzida por sua mãe, Maria de Médicis, e pelo primeiro-ministro, Cardeal Richelieu, que tomou medidas para fortalecer o poder real. Com essa finalidade, Richelieu passou a combater os protestantes, que perderam a fortaleza de La Rochelle (capital da França huguenote) e todos os direitos civis e militares, conservando apenas a liberdade de culto. Para garantir os interesses da França na Europa, ele interveio na Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) contra a dinastia Habsburgo. A vitória francesa, já no governo dos sucessores de Luís XIII, abriu caminho para o apogeu do absolutismo no país.
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Cardeal Richelieu
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Luís XIV (1643-1715) subiu ao trono com cinco anos, sob a regência da mãe, Ana de Áustria, e do primeiro-ministro, cardeal Mazzarino. A excessiva centralização do poder e os sucessivos aumentos de impostos levaram a burguesia e a nobreza a revoltas, lançadas em ações armadas conhecidas como frondas. A morte de Mazzarino deu lugar ao governo pessoal de Luís XIV (1661-1715), exemplo mais completo do absolutismo na Europa. No plano político-administrativo, ele manteve as reformas de Richelieu, submeteu o Conselho de Estado e controlou o poder em suas mãos. No plano social, promoveu a ascensão da burguesia, escolhendo seus ministros nesta classe e domesticou a nobreza. O estilo de vida luxuoso e os privilégios (pensões, cargos no governo e postos de comando no exército) compensavam os nobres pela perda de poder político.. O ministro Colbert promoveu o desenvolvimento do mercantilismo e estimulou a navegação marítima em busca de colônias e manufaturas, propiciando o desenvolvimento da burguesia.Em 1685, Luís XIV revogou o Edito de Nantes, provocando grande evasão de capitais, levados por protestantes que deixaram o país. Após sua morte, a França passou por um período de declínio e a Inglaterra se tornou a potência européia.
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Luis XIV: O reinado de Luís XIV representou o apogeu do absolutismo na França.
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