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Processo de Centralização do Poder
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A centralização do poder foi possível graças à conjugação dos interesses dos reis, que buscavam aumentar a sua autoridade, e dos interesses da burguesia, que desejava o estabelecimento de normas e padrões que facilitassem o comércio.As transações comerciais eram dificultadas pela grande variedade de pesos, medidas, leis e impostos, que variavam de feudo para feudos. A burguesia tinha grande interesse no estabelecimento de um poder forte e centralizado, que superasse o particularismo feudal, estabelecesse um padrão monetário e unificasse as leis e os impostos.
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O rei também buscava fortalecer-se politicamente, submetendo a nobreza e limitando a ação da Igreja (representante do poder universal), que possuía enorme prestígio e intervinha nos assuntos internos de cada reino.Durante a crise do século XIV, um terço da população européia morreu com a peste negra. A escassez de mão-de-obra levou a uma opressão cada vez maior dos servos por parte dos senhores feudais, provocando a eclosão de numerosas revoltas camponesas em diferentes regiões da Europa, as jacqueries. Várias delas se alastraram com grande ímpeto e rapidez, levando o pânico a vilas e cidades. A mais importante delas eclodiu em 1358, quando camponeses invadiram os castelos e mataram os nobres. O movimento foi violentamente reprimido, resultando na morte de mais de 20 mil pessoas. Sem condições de controlar essas rebeliões, a nobreza foi obrigada a procurar o auxílio do rei, fato que contribuiu para a centralização do poder, na medida em que o rei passou a atuar como articulador da aristocracia contra a pressão das massas rebeladas.
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Exército: A formação dos exércitos nacionais teve grande ...
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Também contribuíram para a centralização do poder na figura do rei a existência da tradição de hereditariedade do poder real, consolidada na Idade Média, o movimento intelectual, que gerou um corpo de funcionários e de legistas que buscavam legitimar o poder real com base no Direito Romano e costumeiro e o desenvolvimento do individualismo com o Renascimento, que criou a imagem de um rei representante e protetor de sua nação, encarnando o ideal nacional.O controle do aparelho do Estado pelo rei dependia do monopólio de três elementos fundamentais: a força, a tributação e a justiça. A burguesia financiou a formação do exército real (exércitos mercenários, compostos por homens livres, que não deveriam estar presos por laços de fidelidade a nenhum feudo). Esse financiamento se deu por meio de empréstimos diretos ou de impostos pagos ao rei. O rei, por sua vez, garantiu à burguesia a ordem, a segurança e uma série de medidas que favoreceram o comércio. como a adoção de uma única moeda, cunhada pelo rei, e o estabelecimento da justiça real, com a criação das “ordenações reais” (corpo de leis válido para todo o reino). Além disso, foram criadas as companhias de comércio, associações de comerciantes às quais o rei atribuía o monopólio legal de determinado ramo do comércio.Com a formação do exército, o rei pôde ampliar seus domínios e aumentar a cobrança de impostos, organizando a administração e estabelecendo a justiça real nos territórios conquistados.
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