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Com o deslocamento de grande parte da população para as antigas cidades e a dinamização desses centros devido às rotas das Cruzadas, elas acabaram por se tornar importantes pontos comerciais. A reconquista do Mediterrâneo pelos cruzados e a reabertura do comércio com a Ásia trouxe grandes benefícios para as cidades italianas – principalmente Gênova e Veneza –, que passaram a comercializar com o Oriente, em busca das tão apreciadas especiarias: sedas, pimenta, noz moscada etc.Porém não foi somente o comércio com o Oriente que se dinamizou. Novas rotas comerciais surgiram no interior da Europa e antigas rotas foram reavivadas, devido especialmente às feiras – pontos de comércio temporário. Até o século XV a mais importante delas foi a feira de Champanhe, realizada em uma região central da Europa, na qual os mercadores do norte ofereciam seus produtos para os mercadores do sul (italianos): tecidos, peles, madeiras, mel e peixes.Com a intensificação das trocas comerciais, reapareceram a moeda, o crédito e as letras de câmbio. Por volta de 1450, devido a guerras francesas e à peste negra, Champanhe se desestruturou, e Flandres surgiu como novo pólo comercial. Nessa época tornavam-se comuns as associações de comerciantes que representavam o interesse de várias cidades, as chamadas Ligas ou Hansas. A Hansa Teutônica, de origem alemã, foi uma das mais importantes e, devido a sua associação com outras cidades, formou-se a Liga Hanseática, que dominou todo o comércio dos mares do Norte e Báltico no século XV.
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